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Sete acusados serão indiciados por estupro coletivo e mortes

Conforme o inquérito, o grupo é responsável pelos crimes de estupro, morte, formação de quadrilha e

Quinta - 23/02/2012 às 20:02



Foto: Reprodução Os sete acusados de estuprar cinco mulheres e matar duas delas em Queimadas, na Paraíba
Os sete acusados de estuprar cinco mulheres e matar duas delas em Queimadas, na Paraíba
O promotor Márcio Teixeira disse, nesta quinta-feira (23), que irá denunciar os sete adultos suspeitos de envolvimento nos estupros de cinco mulheres e mortes de duas no município de Queimadas, na Paraíba. Segundo ele, o inquérito foi concluído pela Polícia Civil dentro do prazo de dez dias e entregue na quarta-feira ao fórum da cidade. "Acabamos de receber o inquérito hoje de manhã e vamos estudá-lo. Posso adiantar que certamente será oferecida denúncia contra os sete indiciados", explicou em entrevista à TV Paraíba.

Segundo ele, existe a possibilidade de um dos suspeitos ser julgado separadamente. Seria um dos irmãos que teriam planejado a festa onde os estupros aconteceram. Com base nos depoimentos de oito dos dez presos, ele seria o autor dos tiros que mataram a recepcionista Michele Domingos da Silva, de 29 anos, e a professora Isabela Monteiro, de 27.

"Ele pode ser julgado separadamente dos seis, porque o crime de homicídio é doloso contra a vida e é julgado certamente pelo Tribunal do Júri. Diferentemente dos outros que respondem por estupro e serão julgados provavelmente pelo juiz singular", comentou.

De acordo com a delegada Cassandra Duarte, que conduziu as investigações em Campina Grande, além dos estupros e dos assassinatos, o grupo também foi indiciado por formação de quadrilha e porte ilegal de arma.

Na semana passada, o promotor fez uma audiência com os três menores de idade que foram apreendidos por suspeita de envolvimento no caso. Após as oitivas, ele declarou que estuda denunciar os adolescentes pelos crimes de estupro, homicídio e porte ilegal de arma.

Inquérito

Conforme o inquérito, o grupo é responsável pelos crimes de estupro, morte, formação de quadrilha e porte ilegal de armas. Dentre os acusados estão os irmãos Eduardo e Luciano Santos Pereira. Este último teria sido o mentor intelectual da tragédia que chocou a opinião pública. Segundo as investigações, o estupro coletivo seria um “presente” de Luciano para Eduardo, o aniversariante.

A denúncia inicial que chegou ao conhecimento da polícia foi de que homens armados teriam invadido a casa onde a festa era realizada e anunciado o assalto. Em seguida, o grupo teria estuprado as mulheres que estavam no local. Após roubar os pertences dos participantes, o grupo teria ido embora levando duas das cinco mulheres, as quais foram mortas no caminho. A frieza dos denunciados diante da barbárie fez a polícia desconfiar desta versão.

Polícia concluiu inquérito do estupro coletivo em Queimadas e indicia os 10 acusadosEstupradores de Queimadas devem ir para as celas comuns ainda esta semanaIraê diz que opinião pública não vai permitir ‘afrouxamento de pena’ para estupradores de QueimadasAssista depoimento de acusado de participar de estupro e assassinato em QueimadasPresos de Queimadas se dizem arrependidos ao chegar em João Pessoa; assista Horas após a tragédia, a polícia desvendou a história e prendeu os acusados, incluindo o aniversariante. Tudo teria sido planejado com antecedência. Até máscaras carnavalescas foram comprados semanas antes. A recepcionista Michele Domingos da Silva, 29 anos, e a professora Isabela Frazão Monteiro, 27, foram mortas porque reconheceram os acusados durante o estupro.

"Intenção não era matar", diz indiciado

O alvo inicial da violência sexual seriam duas convidadas, mas outras três também acabaram sendo violentadas. Parte dos envolvidos assumiu participação, mas disse que a intenção não era matar as jovens. Um dos irmãos disse que estuprou as mulheres, mas negou envolvimento nos homicídios. O outro irmão, Luciano, negou todas as acusações.

Devido ao clima de consternação que se espalhou pela cidade, a prefeitura de Queimadas cancelou os festejos carnavalescos que aconteceriam dias depois. Simultaneamente, a Justiça proibiu o uso de máscaras até hoje, quarta-feira de Cinzas.

A proibição atendeu a um pedido do Ministério Público, que usou como argumento o fato de que os acusados usaram máscaras de Carnaval durante o crime. Os sete acusados estão em presídio de Segurança Máxima em João Pessoa, e os três adolescentes, no Lar do Garoto, no município de Lagoa Seca (132 km de João Pessoa).

Fonte: Internet

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