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Senador JVC é contra desapropriações para obras do Aeroporto de Teresi

JVC contra reforma aeroporto

Sexta - 08/11/2013 às 15:11



Foto: Ellyo Teixeira/G1 Piauí Carro da Infraero foi impedido de ter acesso ao Aeroporto de Teresina
Carro da Infraero foi impedido de ter acesso ao Aeroporto de Teresina
 O senador João Vicente Claudino (PTB/PI) ocupou a tribuna do senado, na noite desta quarta-feira (06), para destacar as discussões sobre a situação do aeroporto de Teresina, que já se estende por anos. O senador se posicionou contrário às desapropriações que devem ser feitas para a ampliação do aeroporto.



“Faço este discurso hoje porque, em Teresina, volta à tona a questão ampliação do aeroporto que, eu sei, não terá um resultado muito bom. O PTB teve, à frente da capital do Piauí, o ex-Prefeito, Elmano Férrer. E quando ele assinou um decreto de desapropriação declarando áreas residenciais com cerca de 1,2 mil famílias, como áreas propícias à desapropriação, eu subi a esta mesma tribuna do Senado e me posicionei contra a atitude do prefeito. Não é uma atitude por eu ser oposição ao atual prefeito de Teresina, mas por não ver consistência nesse plano de reforma, ampliação e expansão do aeroporto nos moldes em que é colocado. Hoje, não serão mais 1,2 mil, mas 140 famílias que moram lá há mais de 30 anos”, disse João Vicente.



“Esta semana eu vi um dos secretários, assessores do Prefeito de Teresina, fazer duas afirmações que me deixou muito preocupado. A primeira, sobre o recurso para a desapropriação das famílias, que viria do Fundo Nacional de Aviação Civil. Nós votamos aqui, no dia 4 de agosto de 2011, a Medida Provisória nº 527, que criou o Fundo Nacional de Aviação Civil. Votei a favor. Mas, como já se passaram dois anos, procurei reler para ter certeza se, de que a medida previa recursos para desapropriações. E não consegui encontrar, em nenhuma parte do fundo, algo que sinalizasse que há recursos para retirada de famílias”, afirmou o senador.



“A outra afirmativa do Secretário foi a de que, se não houvesse a ampliação do aeroporto, poderia acontecer um entrave no desenvolvimento da cidade. Eu confesso que me esforcei muito para entender o que queria dizer isso. Eu acho que a transferência do aeroporto para outra região de Teresina promoveria o desenvolvimento urbanístico da cidade, até porque o Sindicado da Indústria da Construção Civil de Teresina (SINDUSCON), há meses, reclama que o aeroporto de Teresina fica na beira do rio, num ponto baixo da cidade, o que, por uma lei internacional de aproximação de voos, está dificultando o investimento em novos edifícios habitacionais em Teresina. Então, eu acho que o aeroporto de hoje é que entrava o desenvolvimento da cidade, e não a sua transferência para um aeroporto melhor, mais moderno, que atenda bem a nossa população e que valorize, verdadeiramente, a importância de Teresina”, disse João Vicente.



“Em minha opinião, é uma ampliação paliativa, mas, mesmo sendo paliativa, essa reforma envolve números altos em recursos da Infraero. Nós pesquisamos no orçamento, buscamos informações. Aqui temos e-mails que encaminhamos à assessoria da Infraero para que nos dissesse e mostrasse no orçamento o que está alocado para essa reforma. Foram feitos esses puxadinhos lá e, agora, espera-se ampliar a pista e fazer outras obras de construção que levam a números estratosféricos: R$500 milhões, R$600 milhões. Nós temos estudos de engenharia e de consultorias segundo os quais com R$400 milhões você constrói um aeroporto novo, melhor do que o que existe hoje, dando condições muito melhores para quem usa o aeroporto e tratando verdadeiramente com responsabilidade a questão”, acrescentou.



Segundo o senador, o aeroporto está totalmente estrangulado. “Eu não vejo outra saída. Se vão insistir nessa peripécia aeroportuária em Teresina, eu defendo, principalmente na modelagem de concessão aeroportuária, a inclusão de Teresina, para que se faça um estudo. Porque aí, se coloca a opção para a iniciativa privada de construir um aeroporto que dê aos passageiros a segurança, o conforto, o respeito necessário”, concluiu João Vicente.

Fonte: assesspria

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