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NÃO AO FEMINICÍDIO

Secretarias de Mulheres do Nordeste emitem nota de repúdio sobre os casos de feminicídio

Conclamamos ao Governo Federal a destinação de recursos emergenciais para os estados visando iniciativas voltadas para a sensibilização contra a cultura machista

Redação

Quarta - 30/12/2020 às 16:40



Foto: Divulgação feminicídio e importunação sexual
feminicídio e importunação sexual

As secretárias estaduais de Mulheres do Consórcio Nordeste emitiram nota de repúdio, referente aos casos de feminicídios registrados na semana do Natal. Essa ação busca chamar atenção das autoridades e sociedade civil da importância do enfretamento da violência doméstica ser pauta de todos e ainda apresenta na carta uma solicitação ao Congresso Nacional para ter agilidade na aprovação de projetos específicos para o enfretamento a violência de gênero,  por exemplo  4133/20.
A carta é assinada pela   secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira, Coordenadora de Estado de Políticas para as Mulheres, Zenaide Lustosa e as gestoras do nordeste. No documento as gestoras  sensibilizam mulheres e homens para juntos realizarmos em rede o enfretamento a violência doméstica.

Segue o link para você participar do abaixo assinado para reafirmar a importância do enfretamento a violência doméstica destacado na Nota: http://chng.it/8sy8C2Df

NOTA

Gestoras de Políticas Públicas para Mulheres do Nordeste do Brasil conclamamos que o feminicídio em nosso país não seja banalizado. Conviver  com a violência por razões de gênero é inadmissível. Os feminicídios durante o Natal da juíza Viviane do Amaral(RJ), morta a facadas pelo ex-marido; da cabeleleira, Anna Paula dos Santos(PE), morta a tiros pelo marido; de Thalia Ferraz (SC), morta a tiros pelo ex-marido na frente da família; da trabalhadora doméstica, Jenilde de Jesus Pinheiro (BA), morta a facadas pelo ex-namorado na frente das filhas expressam a realidade do nosso país no que se refere à violência de gênero. É uma urgência pública que afeta a vida das mulheres quando não lhes tira a vida pela violência letal, o feminicídio.
Solicitamos ao Congresso Nacional que agilize  a aprovação de projetos relacionados ao enfrentamento à violência contra as mulheres,  a exemplo do 4133/20,  entre outros,  visando uma proteção mais efetiva às mulheres.
Conclamamos ao Governo Federal a destinação de recursos emergenciais para os estados visando  iniciativas voltadas para a sensibilização contra a cultura machista nas escolas e nas comunidades e para o fortalecimento da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na qual estão incluídos os serviços de atendimento às  mulheres em situação de violência, a exemplo dos Centros de Referência de Atendimento as Mulheres e da Casa da Mulher Brasileira Os governos estaduais necessitam que o programa Mulher Viver sem Violência seja reativado entre outros a serem implementados com destaque para a geração de renda e emprego para as mulheres, voltados para a autonomia econômica e social que contribuem decisivamente para que as mulheres possam romper o ciclo da violência doméstica.
Os recursos federais para as políticas públicas para as mulheres têm sido retraídos ao longo dos anos, ao passo que a violência contra as mulheres têm aumentado.
Conclamamos a sociedade a dar as mãos para enfrentar à violência contra as mulheres.
O enfrentamento à violência de gênero deve unir governos e sociedade e é uma ação suprapartidária  e interinstitucional
As mulheres têm direito a viver sem violência.

28 de dezembro de 2020

Julieta Palmeira, secretária de estado de Políticas para as Mulheres da Bahia;
Silvia Maria Cordeiro, secretária de estado da Mulher de Pernambuco;
Nayra Monteiro, secretária de estado da Mulher do Maranhão;  Zenaide Lustosa , coordenadora estadual de Políticas para as Mulheres do Piaui;
Eveline Almeida de Souza Macedo Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Norte
Lídia de Moura Cronemberger,
secretária  de estado da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba
Maria José  da Silva, secretária da Mulher e Direitos Humanos de  Alagoas
Lucivanda Nunes Rodrigues, secretária de estado da Inclusão  e Assistência  Social de Sergipe
Denise Moreira Aguiar, secretária executiva de Políticas para Mulheres do Estado do Ceará

Fonte: coordenadora estadual de Políticas para as Mulheres do Piaui

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