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CUIDADOS

Saiba como agir e o que fazer para evitar os afogamentos

Na última semana, quatro adolescentes se afogaram no rio Parnaíba resultando na morte de três deles

Por Bruna Raryana

Sexta - 15/09/2023 às 15:21



Foto: Autoria desconhecida Rio Parnaíba
Rio Parnaíba

A prática de banhar-se em rios é uma tradição enraizada na cultura nordestina. Os rios que cortam a região nordeste do país oferecem refúgio do calor escaldante e proporcionam momentos de lazer para muitas famílias e comunidades locais. No Piauí, temos o Rio Parnaíba, que é o maior e mais importante rio do estado e forma uma fronteira natural entre o Piauí e o Maranhão. Também destacam-se o Rio Poti e o Rio Longá, entre outros. No entanto, é fundamental compreender os riscos associados a essa atividade e as precauções necessárias para evitar acidentes.

Durante toda a semana, destacou-se o triste caso de quatro adolescentes que estavam se banhando em uma das margens do Rio Parnaíba, na cidade de Timon. Uma das adolescentes, identificada como Maria Alessandra, teria se afastado para uma parte mais distante e começou a se afogar. Então, dois dos adolescentes pularam no rio para tentar resgatá-la, mas os três foram arrastados para a parte mais profunda do rio e infelizmente vieram a óbito por afogamento. De acordo com informações do corpo de bombeiros, os adolescentes foram arrastados pela forte correnteza do local onde estavam.

Embora os rios pareçam convidativos e refrescantes, eles apresentam riscos significativos para aqueles que os frequentam. Correntezas imprevisíveis, profundidades variáveis e a falta de sinalização adequada são apenas algumas das ameaças potenciais. Para evitar incidentes, é necessário tomar alguns cuidados antes de se aventurar. É crucial conhecer o local onde pretende se banhar, avaliar as condições da água, como profundidade e velocidade da correnteza, manter-se atento em todos os momentos e jamais deixar crianças desacompanhadas. Além disso, é aconselhável evitar áreas profundas e não consumir álcool antes de nadar em rios.

O PiauíHoje.com conversou o Comandante do Terceiro Subgrupamento de Bombeiro Militar do estado do Piauí, o capitão Agnaldo Pinheiro, que forneceu algumas instruções para o caso de presenciar afogamentos. Segundo o capitão, só é seguro realizar uma intervenção se possuir condições físicas e técnicas para executar a abordagem. Caso contrário, a primeira ação deve ser manter o máximo de calma possível e acionar o socorro. De forma emergencial, deve-se utilizar um pedaço de madeira, corda ou raiz para que a vítima possa agarrar. "Quando se tem todas as condições para realizar a abordagem, deve-se fazê-lo sem que a vítima lhe veja, fazendo uma manobra com o braço por baixo dos membros superiores, levando a mão até o maxilar da vítima", aconselha o comandante.

Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), afogamentos provocam cerca de 16 mortes por dia no Brasil. É de crucial importância agir com responsabilidade ao decidir nadar em ambientes naturais, seja em rios ou oceanos. Evitar banhar-se ou se aventurar em áreas desconhecidas quando não se sabe nadar, especialmente se estiver desacompanhado, é fundamental. A tradição cultural de banhar-se em rios é uma parte valiosa do patrimônio regional. Com a conscientização dos riscos envolvidos e o respeito pelas precauções adequadas, é possível continuar apreciando essa atividade de forma segura e responsável.

*Por Bruna Raryana - estagiária sob supervisão do jornalista Arnaldo Silva

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