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A ação é mais uma na série de medidas que restringem os direitos das pessoas LGBTQIAPN+ na Rússia
O governo da Rússia incluiu o ativismo LGBTQIAPN+ em sua lista de "terroristas e extremistas". Esta ação, realizada pelo Serviço Federal de Monitoramento Financeiro (Rosfinmonitoring), concede poderes para congelar contas bancárias de entidades especificamente identificadas. Com mais de 14 mil nomes na lista, que incluem desde grupos terroristas como Al-Qaeda até empresas como a Meta, a medida demonstra uma escalada na repressão às minorias do movimento no país.
A decisão ocorre após a Suprema Corte russa, em novembro do ano passado, declarar o movimento como "extremista", efetivamente proibindo o ativismo LGBTQIAPN+ no país. Desde então, o governo tem intensificado suas ações contra indivíduos e estabelecimentos associados à causa. Recentemente, gerentes de um bar na região dos Urais foram detidos sob acusação de "extremismo LGBTQIAPN+", podendo pegar pena de até dez anos de prisão.
Essa inclusão na lista não é um incidente isolado, mas sim parte de uma série de medidas que restringem os direitos das pessoas LGBTQIAPN+ na Rússia. Desde 2013, uma lei proíbe a "propaganda" de "relações sexuais não tradicionais" entre menores de idade, sendo posteriormente ampliada para abranger qualquer forma de "propaganda" LGBTQIAPN+ em mídia, internet, livros e filmes.
Em julho de 2023, os deputados russos também aprovaram uma lei que proíbe cirurgias e terapias hormonais para pessoas transgênero. Essas políticas refletem a postura do presidente Vladimir Putin, que há muito tempo enfatiza a defesa da "família" e da religião contra influências consideradas ocidentais e "decadentes".
O movimento LGBTQIAPN+ na Rússia enfrenta desafios crescentes, com ações governamentais cada vez mais restritivas, evidenciando um retrocesso nos direitos individuais e na liberdade de expressão no país.
Fonte: Correio Braziliense
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