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Renan passou a perna em propina de R$ 800 mil

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa acusou o grupo do presidente do Senado, Renan Calheir

Quinta - 19/03/2015 às 12:03



Foto: Ed Ferreira / Estadão Conteúdo Renan Calheiros
Renan Calheiros
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa acusou o grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de lhe “passar a perna” em uma propina de R$ 800 mil. Em vídeo da delação premiada, Paulo Roberto contou que a promessa de repasse foi feita pelo deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado como representante de Renan nos pedidos feitos a ele. O valor, no entanto, ficou com o “grupo deles”, afirmou o delator. A informação é do jornal O Globo.

Segundo o ex-diretor, a propina seria paga após sua interferência em favor do Sindicato dos Práticos, interessado num reajuste de preços dos serviços. Paulo Roberto disse que foi procurado por Aníbal, que dizia falar em nome de Renan. O pedido foi atendido, mas os R$ 800 mil nunca chegaram, ressaltou.

“O Aníbal falou: ‘Paulo, se você conseguir resolver isso aqui, você vai ter um ganho de R$ 800 mil’. Só que ele nunca me deu esse valor. Ele me passou a perna”, disse o ex-diretor da Petrobras, no vídeo publicado por O Globo.

De acordo com o delator, a parte do deputado peemedebista “obviamente era muito maior”. Paulo Roberto declarou, ainda, que valores de propina nunca foram discutidos na frente de Renan, mas que diversas reuniões para tratar dos interesses do grupo do senador ocorreram na casa do parlamentar em Brasília.

Renan e Aníbal fazem parte da lista de 13 senadores e 22 deputados federais suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras que serão investigados pela Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos negam qualquer envolvimento com as irregularidades e prometem comprovar sua inocência durante as investigações.

Paulo Roberto disse que não voltou ao deputado para cobrar o pagamento da propina. “Esse dinheiro aí eu nunca cobrei dele. Ele não tocou no assunto, depois eu saí da companhia e aí morreu. Ele não pagou, não pagou.”

Fonte: Cobgresso em foco

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