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ELEIÇÕES NA UFPI

Flávia Lorenne quer discussão coletiva do orçamento e transparência de gestão da UFPI

Ela garante que, caso eleita, terá ações alinhadas aos campi fora da sede e aos colégios técnicos e promete ampliar bolsas para ajudar alunos e professores

Karine Rocha

Quinta - 02/05/2024 às 17:55



Foto: Arquivo Pessoal Flávia Lorenne
Flávia Lorenne

A eleição para escolha da futura reitora da Universidade Federal do Piauí - UFPI, será realizada no dia 15 de maio. Pela primeira vez na história, três mulheres estão disputando o cargo. A professora Flávia Lorenne Sampaio Barbosa, doutora em Administração de Empresa, está conorrendo. Seu candidato a vice-reitor é o professor Viriato Campelo, atual vice-reitor da instituição.


Em conversa com a reportagem do Portal Piauí Hoje.Com, a professora Flávia Lorenne enfatizou que dutante sua gestão, caso seja eleita, planeja dar mais atenção aos campi de Floriano, Bom Jesus e Picos e aos colégios técnicos, porque eles "também são a UFPI". 

Lorenne considera que para fomentar a participação e a ocupação dos estudantes na universidade é preciso que a proórpia instituição forneça meios, como auxílio e segurança. A candidata também disse dar uma atenção especial às estudantes grávidas e que já tenham filhos para que consigam concluir a graduação sem atrasos.

Segundo um levantamento elaborado pela UFPI, em 2023 haviam 38.185 alunos ativos. No mesmo ano a média da taxa de evasão foi de 11,61%. A desistência da graduação ainda é um desafio vivido por dezenas de alunos e que, segundo Flávia Lorenne, pode ser reduzido, caso haja condições apropriadas para que o estudante se mantenha ativo no curso. Quando questionada sobre o que avalia ser a necessidade mais urgente da universidade ela destaca um ponto: "estratégias no sentido da permanência do aluno no ambiente universitário".

"A gente consegue compreender no nosso programa de gestão que todas as ações que favoreçam a permanência do nosso aluno no espaço universitário são aquelas que vão ser alinhadas. Que envolve o ensino, a pesquisa, a extensão, a pós-graduação, a internacionalização, ações que realmente possam dar base e garantam esse aluno num ambiente universitário. Outro ponto que a gente traz é para que se discuta o orçamento da universidade, que seja feita de forma transparente e deliberativa envolvimento toda a comunidade discentes, servidores técnicos e docentes", diz.

Unidade

No ano passado as bolsas da UFPI passaram por reajuste, após 9 anos sem alteração. O Auxílio Residência dos campi fora de sede, por exemplo, passaram para R$ 500 e do Campus de Teresina, subiu para R$ 750. Já a Bolsa de Auxílio Estudantil (BAE)que é concedido por até 24 meses aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica  saiu de R$400 para o valor de R$ 500,00 mensais. Embora o campus Ministério Petrônio Portela, em Teresina, seja de grande valia para o ensino e a pesquisa, a professora afirma que os outros campi da universidade e as escolas técnicas também merecem ações alinhadas para a inclusão da comunidade acadêmica nas decisões.
Para Lorenne existe a necessidade de ações iguallitárias para todo os campi.

"E aumento desses valores da bolsa para que o aluno possa permanecer nesse ambiente e a gente pensar em que atendam realmente a necessidade dos alunos com vulnerabilidade social e em particular eh me estenda de forma eh igual pra todos os campos coletivos perto. Eu estou falando de Floriano, Bom Jesus, de Picos que tem suas demandas específicas e a gente fazer um atendimento eh e uma atenção direcionada a esses principalmente também aos colégios técnicos de turismo que estão e que precisam divididas nesse sentido", explica.

Ouvidorias

As alunas também merecem atenção especial. Tanto em relação aos assédios sofridos dentro dos campi como aquelas que são mãe e precisam ter suas necessidades supridas. A intenção de Flávia seria criar ouvidorias para sinalizar falhas e ouvir sugestões.

"A Universidade Federal do Piauí já tem m um trabalho formalizado sobre a questão do assédio que é por meio da ouvidoria. E a gente vai intensificar e divulgar essa ação inclusive criando uma ouvidoria da mulher dentro do espaço da universidade. Eu acredito que a gente pode também visualizar projetos para criar a ouvidoria do aluno para atender demandas que realmente atinjam diretamente o aluno", disse.

Lugares de acolhimento

A professora vê ainda que a criação de espaços de acolhimento ao aluno proporcionariam mais integração ao ambiente acadêmico.

"Você ter lugares de acolhimento que na hora do almoço ou da janta, eles possam ter um espaço de acolhimento, pra relaxar, ter atividades culturais, esportivas. Isso tudo são uma forma de você criar um sentimento de pertencimento e motivação para o aluno estar nesse ambiente universitário. A partir do momento que eu incentivo também publicações, idas a eventos científicos, a congresso é uma forma que você motiva o aluno a estar no ambiente acadêmico. Quando você consegue dar condições de bolsas, de monitoria, de extensão, bolsas que circulam também ajudam financeiramente esse aluno a a estar nesse ambiente universitário é o momento que você contribui pra que ele permaneça no ambiente universitário", fala.

A primeira reitora

Ao longo de anos de existência a UFPI teve 13 reitores. Neste quadriênio de 2024 a 2028 é a primeira vez que uma mulher estará a frente da reitoria. Lorenne julga o momneot como algo histórico.

"Eu acho que é muito histórico, em que mais uma vez a mulher está conseguindo chegar a distâncias antes só ocupadas por homens. Enttão são 13 gestões lideradas por homens. A 14ª vai ser ocupada por uma mulher, eu acho que isso é um grande espaço que a gente vai ganhando, tendo a possibilidade também de nos avaliarmos, podermos estar nesse lugar e de administrar uma universidade que gera conhecimento, cultura, e que transforma vida", conclui.

AS ELEIÇÕES 

Urna eletrônica e lista tríplice 

A eleição para escolha da futura reitora da Universidade Federal do Piauí - UFPI, será realizada no dia 15 de maio. Pela primeira vez na história, três mulheres estão disputando o cargo. A eleita comandará a maior instituição de ensino público do estado pelos próximos quatro anos (2024 a 2028).

A votação será em urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí - TRE/PI. Três observadores externos vão acompanhar a eleição: um representante da OAB-PI, um da Universidade Estadual do Piauí - Uespi, e um do Instituto Federal do Piauí (IFPI). Os três serão indicados por suas respectivas administrações.

A eleição para reitor não é uma escolha direita da próxima reitora da UFPI. Os reitores e vice-reitores de universidades públicas são escolhidos pelo presidente da República. Ele recebe uma lista tríplice enviada pelo Consun - Conselho Universitário. 

Peso do voto e a campanha

Cada segmento da comunidade acadêmica tem um voto de peso diferente: estudantes e servidores técnicos têm peso de 15% cada, enquanto professores representam 70%. A ordem de posição na lista tríplice é determinada pela quantidade de votos obtidos na eleição. O presidente pode ou não escolher o nome mais votado. 

As candidatas e seus vices

O período de campanha eleitoral começou dia 3 de abril, quando foi realizado sorteio dos números das chapas. Concorrem ao cargo as seguintes candidatas e seus respectivos vices:

- Chapa 1 - Renovação com Autonomia e Humanidade - Lívia Nery (reitora) e Welter Cantanhêde (vice);

- Chapa 2 - Democracia, Reconstrução e Sustentabilidade - Nadir Nogueira (reitora) e Edmilson Miranda (vice);

- Chapa 3 - Juntos pela UFPI: Rumo a Novos Tempos - Flávia Lorenne (reitora) e Viriato Campelo (vice).

Gildásio está fora

Escolhido pelo então presidente Jair Bolsonaro  o atual reitor Gildásio Guedes não vai disputar a reeleição, mas o vice dele, Viriato Campelo, está na disputa pela vice-reitoria novamente.

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