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Procuradoria russa anuncia que irá investigar envolvidos no Panama Pap

Moscou, 5 abr (EFE).- A Procuradoria-Geral da Rússia anunciou nesta terça-feira que investigará os

Terça - 05/04/2016 às 19:04



Moscou, 5 abr (EFE).- A Procuradoria-Geral da Rússia anunciou nesta terça-feira que investigará os envolvidos no Panamá Papers, alguns deles próximos ao presidente do país, Vladimir Putin, um escândalo de ocultação de dinheiro por meio de offshores que envolve políticos, empresários e celebridades de todo o mundo.

"A Procuradoria-Geral revisará as informações publicadas em veículos da imprensa nacional e internacional sobre uma série de pessoas físicas e jurídicas russas, supostos proprietários de empresas offshore", disse o porta-voz do órgão, Aleksandr Kurennoi.

O objetivo é esclarecer se as práticas atribuídas aos cidadãos russos citados nos vazamentos realizados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em inglês) são legais de acordo com as leis russas e internacionais.

Por outro lado, o governo da Rússia reiterou hoje que a investigação é uma "falsificação orquestrada" contra Putin, apesar de citar também políticos e celebridades de todo o mundo.

"Quando afirmamos que tudo é forçado, falsificado e orquestrado, dizemos que isso tudo foi revestido de uma camada de \'Putinfobia\' por ordem de alguém", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Peskov destacou que, apesar de o presidente russo não ser citado nos documentos divulgados pelo ICIJ, a maior parte da imprensa internacional se refere à investigação "através de um prisma focalizado em Putin".

"Isso demonstra a falta de profissionalismo, a mentira e o ataque contra o chefe do Kremlin ao qual nos referimos", criticou.

A investigação - baseada no vazamento de 11,5 milhões de documentos do escritório panamenho de advocacia e gestão de patrimônios Mossack Fonseca - cita o violoncelista Sergei Rolduguin, amigo de Putin desde a adolescência e padrinho de uma das filhas do líder russo.

Segundo o ICIJ, o músico criou várias offshores no Panamá para lavar cerca de US$ 2 bilhões com a ajuda de importantes companhias estatais russas, entre elas o banco Rossia e a operadora de telecomunicações Rostelecom, entre outras.

Outros documentos revelam movimentos de offshores ligadas à família do presidente da China, Xi Jiping; ao presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko; e ao falecido pai do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

Fonte: UOL

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