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TRATAMENTO

Poeta Elio Ferreira está internado em estado grave na UTI do São Marcos

O professor luta contra um câncer há três anos e respira com o auxílio de aparelhos

Da Redação

Quarta - 10/04/2024 às 16:33



Foto: Reprodução Elio publicou biografias, ensaios literários em jornais, revistas e antologias
Elio publicou biografias, ensaios literários em jornais, revistas e antologias

O poeta piauiense Elio Ferreira está internado em estado grave na UTI do Hospital São Marcos, em Teresina. Elio tem 69 anos e há 3 luta contra um câncer. De acordo com informações confirmadas ao Piauí Hoje, o estado de saúde de Elio é delicado. Ele respira com a ajuda de aparelhos. Popularmente conhecido em todo o estado, o poeta formou-se em Letras, é pós-graduado em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e teve importante atuação na militância piauiense.

De acordo com amigos do poeta, a situação de Elio é bem delicada. "Ele está respirando por aparelhos. A situação está grave, mas ele está vivo. A família está acompanhando. Ele é paciente oncológico e luta contra um câncer há 3 anos", disse o amigo e professor Feliciano Bezerra.

Natural de Floriano, cidade ao sul da capital do Piauí, e filho de um ferreiro e de uma balconista de farmácia, Elio Ferreira participou de várias obras coletivas, entre elas a coletânea "Baião de Todos", organizada em 1996 por Cineas Santos. Na sua lista de trabalhos consta a publicação de biografias, ensaios literários em jornais, revistas e antologias.

Em 2003 ganhou o 1º lugar no concurso de ensaio "Mario Faustino", promovido pela Fundação Cultural do Piauí (FUNDAC), com o livro "Identidade e Solidariedade na Literatura do Negro Brasileiro". Em decorrência da sua contribuição cultural e literária no estado Elio recebeu diversas homenagens. Em 2019, Elio Ferreira foi o escritor e poeta homenageado na Balada Literária, promovida pelo também professor de literatura, Wellington Soares.

Há pouco mais de um ano, em abril de 2023, quando questionado sobre a aparente coincidência da relação com o ferro em seus poemas e seu sobrenome Ferreira, Elio deu a seguinte resposta:

"O nome é pura coincidência. Meu pai tinha outros primos que eram Ferreira e ferreiros. Aprenderam na mesma oficina de ferreiro em Floriano. Após a abolição da escravatura, foram criados na minha cidade alguns desses modelos de oficinas ou pequenas indústrias artesanais, que ensinavam o ofício de ferreiro e marcenaria aos filhos ou descendentes de escravos. Meus avós eram oleiros e meu pai também o fora até os 14 anos, quando foi para a oficina de ferreiro, pois esta profissão se tornava mais promissora. Eu também fui ferreiro e bombeiro hidráulico na oficina do meu pai dos 9 aos 20 anos de idade, quando concluí o Ensino Médio. No início de 1976, fui trabalhar e tentar o vestibular em Brasília. Naquela época, a maioria das pessoas ainda aprendia uma profissão e estudava", disse.

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