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Em meio à pandemia de Covid-19, Piauí confirma 7º caso de Febre do Nilo Ocidental

O paciente ficou internado no Hospital Natan Portella e já recebeu alta

Alinny Maria

Terça - 28/04/2020 às 10:10



Foto: Wikimedia Commons Mosquito transmissor da febre do Nilo Ocidental
Mosquito transmissor da febre do Nilo Ocidental

Em meio à pandemia de Covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) acaba de informar mais um caso de Febre do Nilo Ocidental no Piauí. A doença é causada por um vírus e transmitida pela picada de um mosquito. Agora, o Piauí tem sete casos da doença.

De acordo com a Sesapi, o paciente é um jovem que sofreu um quadro de meningoencefalite e foi internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina em fevereiro deste ano. Ele é morador da zona urbana de Água Branca e os sintomas começaram quando o jovem estava em Dão paulo.  O paciente já recebeu alta com melhora clínica. 

 Os outros seis casos correspondem a pacientes residentes nos munícios de Aroeiras do Itaim (2014), Picos (2017), Piripiri (2017), Lagoa Alegre (2019), Teresina (2019) e Amarante (2019). Casos em animais já foram registrados no Brasil, nos estados do Espírito Santo (2018), Ceará (2019) e São Paulo (2019).

Desde 2013, a SESAPI monitora ativamente todos os casos suspeitos da doença. O Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella é o hospital de referência para diagnóstico e tratamento dos casos. As medidas de prevenção recomendadas são semelhantes àquelas recomendas contra dengue, Zika e chikungunya: evitar a proliferação de criadouros e o contato com mosquitos transmissores.

Sintomas

De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que 20% dos indivíduos infectados pelo vírus da Febre do Nilo Ocidental desenvolvam sintomas, na maioria das vezes leves e até mesmo nem apresentem qualquer sintoma. A forma leve da doença caracteriza-se pelos seguintes sinais:

  • febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;

  • anorexia;

  • náusea;

  • vômito;

  • dor nos olhos;

  • dor de cabeça;

  • dor muscular;

  • exantema máculo-papular e linfoadenopatia.

Um em cada 150 indivíduos infectados desenvolve doença neurológica severa (meningite, encefalite ou poliomielite). A encefalite é o quadro mais comum entre as manifestações cerebrais. Em menos de 1% das pessoas infectadas, o vírus causa uma infecção neurológica grave, incluindo inflamação do cérebro (encefalite) e das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal (meningite). A Síndrome de Guillain Barré também pode se apresentar, assim como em outros tipos de infecção.

Modo de transmissão

O vírus da Febre do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo). Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus e como fonte de infecção para os mosquitos. 

O vírus pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, uma vez que a contaminação do vírus se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão.

Outras formas mais raras de transmissão já foram relatadas e incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária.

Fonte: Sesapi

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