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ERA PALEOZOICA

Pesquisadores descobrem répteis mais antigos que dinossauros no Piauí

Répteis encontrados são mais antigos que os dinossauros e viveram ao mesmo tempo que a Floresta Fóssil em Teresina

Valciãn Calixto

Sexta - 06/03/2020 às 18:07



Foto: Divulgação/UFPI Descoberta de réptil em Nazária
Descoberta de réptil em Nazária

O estudo de fósseis encontrados nos anos de 2015 e 2016 provou que nos municípios de Nazária e Palmeirais existiram répteis da Era Paleozóica, conhecidos como 'captorrinídeos', atualmente extintos. A idade dos fósseis é de 280 milhões de anos e os répteis eram parentes distantes dos lagartos.

Foram encontradas duas espécies, uma delas é pequena, media uns 35 cm, e outra era um pouco maior, medindo uns 70 cm. Os tamanhos são estimados pois só foram encontradas partes do crânio dos animais. Estes répteis viveram no Período Permiano da Era Paleozoica, são mais antigos que os dinossauros, e viveram ao mesmo tempo que a Floresta Fóssil do Rio Poti em Teresina.

Após ter encontrado os fósseis, pesquisadores da Universidade Federal do Piauí liderados pelo Prof. Dr. Juan Cisneros, Diretor do Musei de Arqueologia e Paleontologia da UFPI, tiveram que estudá-los em museus nos Estados Unidos, onde foi possível realizar comparações com fósseis encontrados lá.

Crânio de réptil

“Os répteis achados em Nazária e Palmeirais tinham hábitos herbívoros e se alimentavam de plantas que existiram na Floresta Fóssil de Teresina. Com esta informação podemos reconstruir as relações ecológicas entre herbívoros e plantas, no final da Era Paleozoica. Estes répteis tinham parentes próximos nos EUA, e nos ajudam a entender melhor as relações entre a fauna brasileira e a fauna dos EUA numa época em que os continentes estavam unidos, formando o supercontinente de Pangeia. Este estudo fortalece as pesquisas paleontológicas feitas pela UFPI”, afirma.

Réptil ilustrado por Vítor Silva

O estudo foi divulgado na revista internacional PeerJ (https://dx.doi.org/10.7717/peerj.8719), considerada uma referência importante na área das Ciências Biológicas.

Mandíbula de réptil

Fonte: Com informações da UFPI

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