Foto: Cicero Portela / O Dia
Laudo indica morte por pneumonia
O laudo do Departamento de Polícia Técnico-Cientifica (DPTC) divulgado nesta quarta-feira (25) concluiu que a menina Francisca Alice, de 10 anos, não morreu por intoxicação, ao ingerir um suposto líquido usado em ritual, e sim por uma infecção generalizada provocada por complicações de uma pneumonia.
O caso aconteceu no dia 28 de abril de 2016, quando Francisca Alice Silva Barreto, de 10 anos, faleceu, após passar 14 dias internada, em estado de coma, vítima de uma pneumonia. Os exames identificaram que a criança foi estuprada, sofreu diversos tipos de tortura e lesões pelo corpo antes de morrer. A suspeita era de que ela tinha participado de rituais de magia, sendo obrigada a ingerir um liquido com substâncias tóxicas em um terreiro religioso na cidade de Timon, frequentado por sua mãe. Essa hipotese foi contestada pelo laudo que analisou o composto e não encontrou substâncias nocivas.
A verdadeira causa da morte foi a infecção generalizada por complicações de uma pneumonia que não foi tratada mas também, a tortura, o estupro e os maus tratos foram agravantes para que o estado da criança piorasse segundo os médicos.
“A doença base foi a pneumonia, que não tratada a tempo, evoluiu para uma infecção generalizada. Constatamos alterações em algumas vísceras, tais como pulmão e fígado, que caracterizavam insuficiência múltipla de órgãos. Isso foi determinante para a morte", afirmou o médico legista José Luiz em coletiva sobre o laudo.
Diante do laudo, a Policia Civil está investigando o caso para encontrar os culpados, os responsáveis pelo estupro e maus tratos e saber se houve negligência por parte dos pais.
Fonte: Redação
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