Foto: Luiz Brandão
Mais de 100 famílias ficam desabrigadas no Parque Rodoviário
Representantes da empresa de telefonia OI prestaram depoimento à delegada Edenilza Viana, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, nessa terça-feira (9), a respeito do terreno que é de propriedade da empresa, onde se formou uma lagoa que rompeu e atingiu várias casas no Parque Rodoviário no dia 4 de abril deste ano. Dezenas de casas foram destruídas e duas pessoas morreram. A delegada disse à imprensa que a OI será indiciada por crime ambiental culposo.
A Delegacia do Meio Ambiente ficou responsável pela investigação e no inquérito foram ouvidos moradores, a empresa OI e a Prefeitura de Teresina. Durante o depoimento, a empresa OI disse que produziu um laudo sobre o terreno no mês de fevereiro com o objetivo de avaliar as condições do terreno para vendê-lo. Segundo a empresa, no laudo não indica que havia a presença da lagoa à época, dois meses antes da tragédia, e que a lagoa pode ter surgido com as chuvas intensas no mês de março.
Já em um laudo realizado pelo Ministério Público Estadual, foi constatado que os moradores da região podem ter contribuído com a tragédia. De acordo com a delegada, a população fez a retirada de parte da vegetação e de areia da região para a construção de imóveis no Parque Rodoviário. A retirada desse material do terreno contribuiu para que a água da lagoa saísse arrastando tudo intensamente no dia em que a lagoa transbordou.
Ainda segundo a delegada, há provas e depoimentos que ainda serão colhidos antes da conclusão do inquérito. O inquérito policial será concluído e remetido à Justiça até o final deste semana.
Fonte: Delegacia do Meio Ambiente
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