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TRANSPORTE COLETIVO

Número de usuários dos ônibus aumentam em cidades com tarifa zero, diz pesquisa

Pesquisa aponta que há 106 municípios no país, com mais de 5 milhões de habitantes, em que não há nenhuma cobrança no transporte urbano de ônibus

Da Redação

Sábado - 20/04/2024 às 13:56



Foto: Foto: Alinny Maria/Piauí Hoje Ônibus em Teresina
Ônibus em Teresina

Nas localidades onde foi implementada a tarifa zero no transporte público coletivo, foi observado um aumento significativo no número de passageiros. É o que mostra um estudo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Segundo a pesquisa, há 106 municípios no país que reúnem mais de 5 milhões de habitantes em que não há nenhuma cobrança no transporte urbano de ônibus, a tarifa zero universal.

O estudo comparou a quantidade de passageiros que utilizavam o sistema de transporte público em 12 cidades, antes e depois da adoção do passe livre. Em todos os municípios observados houve elevação significativa na demanda por viagens de ônibus, que variou de 33% a 371%.

Em Caucaia (CE), por exemplo, o número de passageiros subiu 371%, dois anos depois da adoção da tarifa zero, em 2021. Esse número subiu de 510 mil mensais para 2,4 milhões mensais. 

Em Luziânia (GO), foi observada elevação de 202% no número de passageiros em um período de 2 meses. Em outubro de 2023, quando adotou o passe livre, esse número era de 4,3 mil por dia, e passou para 13 mil por dia, em dezembro de 2023.

Maricá (RJ) teve aumento de 144% após três anos da adoção da tarifa zero; Ibirité (MG), de 106%, após três meses; São Caetano do Sul (SP), de 218%, após quatro meses; Paranaguá (PR), de 146%, após um ano; Balneário Camboriú (SC), de 43%, após seis meses; Itapeva (SP), de 267%, após um ano e meio; Cianorte (PR), de 99%, após um ano; Lins (SP), de 150%, após um mês; Mariana (MG), de 145%, após dois anos; e Santa Isabel (SP), de 33%, após um ano e meio.

“O aumento da demanda indica o potencial de uso do transporte público pela população. A tarifa zero promove uma maior mobilidade e acessibilidade, facilitando deslocamentos para as atividades essenciais no ambiente urbano, em diferentes horários do dia, não só em horário de pico”, avalia o diretor executivo da NTU, Francisco Christovam.

“Esse aumento da demanda precisa ser considerado pela prefeitura que planeja adotar a tarifa zero. Não basta ter recursos para cobrir o custo atual, é preciso avaliar a necessidade de aumento da frota e definir fontes permanentes de recursos, para que a tarifa zero tenha sustentação”, acrescentou Christovam. 

Fonte: Agência Brasil

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