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GREVE UNIFICADA

Motoristas e entregadores de aplicativos fazem greve a partir desta terça-feira (29)

Os trabalhadores da UBER, 99 e IFood reivindicam melhores condições de trabalho

Da Redação

Terça - 29/03/2022 às 09:04



Foto: Jaqueline Deister Categoria de entregadores de aplicativos se mobiliza em diversas capitais e cidades brasileiras
Categoria de entregadores de aplicativos se mobiliza em diversas capitais e cidades brasileiras

A partir de terça-feira (29), trabalhadores de aplicativos – entre motoristas e entregadores - farão greves e manifestações em Teresina e mais 15 cidades brasileiras. A categoria quer melhores condições de trabalho, aumento da remuneração das corridas e protestar contra a alta no preço dos combustíveis. A manifestação está sendo chamada de  “apagão dos aplicativos”. 

Não há informações sobre onde será a concentração dos manifestantes em Teresina. O movimento está previsto para ocorrer no: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Carapicuíba (SP), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE), Teresina (PI), Manaus (AM), Recife (PE), Porto de Galinhas (PE), Vitória de Santo Antão (PE), Caruaru (PE), Garanhuns (PE), Petrolina (PE), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR).  

As principais empresas que as greves miram são as maiores dos setores de transporte individual e de delivery no Brasil: Uber, 99 e iFood.   Há meses entregadores de app ventilam a ideia de um breque nacional contra as plataformas em 1° de abril, o dia da mentira. A isso se somaram as mobilizações de motoristas da Uber e da 99 previstas para 29 de março.

Reajustes anunciados pelas plataformas 

Pouco tempo depois que a Petrobras anunciou, no último dia 10, mais um aumento no preço dos combustíveis - dessa vez em 19% para a gasolina e 25% para o diesel – a Uber, a 99 e depois o iFood, comunicaram que farão reajustes nas remunerações aos trabalhadores. 

A 99 prometeu um aumento de 5% no valor do quilômetro rodado e a Uber, um reajuste temporário de 6,5% por corrida. Acontece que, de acordo com os motoristas, o incremento até agora não chegou.  

Entenda as demandas

O aumento das taxas, apesar de ser a principal exigência de motoristas e entregadores, não esgota a lista de reivindicações que serão explicitadas uma vez mais, agora nas greves unificadas. 

Motoristas demandam que a porcentagem de cada corrida que fica com a empresa seja fixa de 20%; que o deslocamento até o passageiro seja pago; que o valor mínimo da corrida seja de R$10 e que se instalem câmeras nos carros das motoristas mulheres. 

Mônica critica, ainda, a falta de transparência dos aplicativos. “Na Uber, a gente nunca sabe o quanto vai retirar por aquela corrida. Por isso que as pessoas reclamam muito que a gente cancela, né? A gente precisa aceitar para saber o endereço e em muitas das vezes o valor é tão, mas tão pequeno, que não compensa o deslocamento”, explica, ao demandar que essa informação se torne acessível.  

Já entre as pautas dos entregadores ao iFood estão o fim da necessidade de agendar previamente o horário de trabalho; o fim de duas ou mais entregas numa mesma corrida; que o atendimento seja feito por humanos e não robôs; o fim dos bloqueios injustos da plataforma; que a distribuição de pedidos seja igualitária entre as modalidades de entregadores; e que as taxas sejam reajustadas anualmente.  

Em Brasília, os grevistas reivindicam, ainda, que a taxa mínima por entrega seja de R$7.  

 

Fonte: Brasil de Fato

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