Geral

MONITOR DE SECAS

Monitoramento aponta leve aumento da área com seca no Piauí em julho

Ente junho e julho, o Piauí registrou aumento da área com seca de 43,68% para 47,76%.

Da Redação

Quarta - 19/08/2020 às 11:56



Foto: Reprodução Seca
Seca

Dados do Monitor de Secas mostram que o Piauí registrou chuvas em torno da média em julho, mas apesar disso houve um pequeno aumento das secas fraca e moderada na porção central do estado com base nos indicadores de seca de curto prazo.  O estado registrou um leve aumento da área total com seca, que passou de 43,68% para 47,76% entre junho e julho. Nesta área e no extremo sul, os impactos agora são de curto e longo prazo.  Nas demais áreas do Piauí que apresentam seca, os impactos são somente de longo prazo. 

Julho é um mês historicamente seco na maior parte do Sudeste e do Nordeste, no Distrito Federal, em Goiás e em Tocantins. Em muitos desses locais, as chuvas são inferiores a 20mm, como no Piauí, Tocantins, Goiás, DF, grande parte do Ceará e de Minas Gerais, centro-sul do Maranhão, oeste da Paraíba e de Pernambuco, centro-oeste da Bahia e norte de Mato Grosso do Sul. Por outro lado, julho é considerado período chuvoso no litoral leste do Nordeste, na faixa que se estende desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, com valores de precipitação mensal acima de 200mm.

Além do Piauí, outros seis estados registraram aumento das áreas com seca em relação a junho, devido às chuvas do último mês. São eles  Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Tocantins. Em outros quatro estados, o fenômeno teve redução: Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. No Distrito Federal, Ceará, Goiás e Sergipe a parcela do território com o fenômeno se manteve estável. Em termos de severidade, a seca não registrou mudanças significativas entre junho e julho nas 16 unidades da Federação monitoradas.

 

Além disso, Mato Grosso do Sul passa a integrar o Monitor de Secas a partir deste mês, o que dá ao estado melhores condições para se preparar para a mitigação dos impactos da seca e antecipar ações de resposta. De acordo com o Mapa do Monitor de julho, Mato Grosso do Sul registra seca em todo seu território com os graus moderado (51,28%), grave (47,44%) e extremo (1,28%), sendo o único estado a ter o fenômeno em todo seu território em julho. O percentual da área com severidade grave do fenômeno no estado é a maior entre as unidades da Federação presentes no Monitor.  

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.  

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. No Piauí a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 15 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.

Fonte: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: