Foto: Divulgação
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão
Investigadores da Operação Lava Jato encontraram nas anotações pessoais do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, indícios de que o empreiteiro pretendia usar contatos políticos para se livrar da prisão. No telefone celular apreendido de Marcelo, havia mensagem cifrada que listava o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, como uma das autoridades que poderia agir em seu favor em caso de problemas judiciais.
O empresário tenta conseguir um pedido de habeas corpus. De acordo com reportagem do site da Veja, o recurso será analisado por Falcão. Apesar de estar preso desde 19 de junho, Marcelo só deu entrada no recurso nos últimos dias, de forma que o pedido caiu nas mãos do presidente do tribunal. Contudo, Moro desmontou a manobra ao decretar uma nova prisão preventiva na sexta-feira passada (24).
A publicação ressalta que Falcão tem como um dos principais interesses conseguir indicar um de seus apadrinhados, o desembargador Marcelo Navarro Dantas, a vaga aberta no STJ com aposentadoria de Ari Pargendler. Segundo Veja, o ministro tem feito investidas no Palácio do Planalto e no Congresso para conseguir que Dantas se torne ministro.
Em nota, a Odebrecht afirmou que “não se manifestará sobre interpretações fantasiosas e descabidas retiradas de anotações pessoais”. Já o STJ disse que o ministro Francisco Falcão “não conhece, nunca teve relação e nunca foi apresentado a Marcelo Odebrecht”.
“O ministro ouviu o nome de Marcelo Odebrecht pela primeira vez quando estourou a Operação Lava Jato. Se tivesse relação com o executivo, não teria dado o despacho sobre o habeas corpus dele [onde pediu informações ao juiz Sergio Moro e ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região] porque teria de se declarar impedido. Como não tem relação com o executivo, se sentiu bem à vontade”, disse o tribunal.
O ministro não foi encontrado pela reportagem para comentar a relação com o desembargador Marcelo Navarro Dantas.
Fonte: Congresso em foco
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