Política

JUSTIÇA

Julgamento de Moro: desembargadora vota contra cassação e desempata votação

A desembargadora Claudia Cristina Cristofani, do TRE-PR, votou contra a cassação; ainda faltam os votos de quatro magistrados

Redação

Segunda - 08/04/2024 às 16:32



Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato
Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato

O placar do julgamento do senador Sergio Moro (União-PR) está 2 a 1 contra a cassação. A desembargadora Claudia Cristina Cristofani, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, votou nesta segunda-feira (8), em Curitiba, contra a cassação do mandato do ex-juiz da Operação Lava Jato.

A magistrada acompanhou o voto proferido pelo relator do caso, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souz, no dia 1º de abril, primeiro dia do julgamento. Na sessão anterior, o desembargador José Rodrigo Sade votou a favor da cassação.

Moro é acusado em duas ações nas quais o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) afirmam que houve abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha das eleições de 2022.

Gastos

Para a desembargadora Claudia Cristina Cristofani, os candidatos podem ter gastos de pré-campanha, mas não podem gastar acima da média dos demais candidatos. Segundo a magistrada, os partidos que acusaram Moro não informaram quanto gastaram na pré-campanha. Dessa forma, segundo a desembargadora, não é possível estimar os gastos dos demais candidatos para justificar gastos ilegais.

“Não posso dizer se Sergio Moro gastou mais se eu não sei quanto gastaram os demais”, justificou Cristina. Ainda faltam os votos de quatro magistrados.

No fim de 2021, Moro estava no partido Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, houve "desvantagem ilícita" em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos "altos investimentos financeiros" realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.

Para o Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo Partidário, com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.

Fonte: Agência Brasil

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