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DENÚNCIA

Jogadores do Flamengo-PI são encontrados em situação de abandono

Os jogadores viviam em um alojamento precário e estavam sem receber salários

Da Redação

Segunda - 11/04/2022 às 14:42



Foto: Divulgação Situação precária do alojamento dos jogadores do Flamengo do Piauí
Situação precária do alojamento dos jogadores do Flamengo do Piauí

Recentemente, o Sindicato dos Atletas acionou o Ministério Público do Trabalho do Piauí (MPT-PI) para denunciar a situação dos jogadores do Esporte Clube Flamengo do Piauí. Depois de tomar conhecimento dos fatos, o MPT-PI buscou a diretoria do clube e a Federação Piauiense de Futebol para sanar as irregularidades.  Ao todo, nove atletas, além do preparador físico, cozinheiras, massagista e roupeiro estavam com os salários atrasados e além disso, o alojamento não possuía condições adequadas para receber a equipe.

Equipes do MPT-PI e fiscais da Superintendência Regional do Trabalho foram até o alojamento do Flamengo do Piauí e constataram as denúncias após fiscalização. Segundo o MPT-PI, os atletas receberam parte dos salários que o clube devia e as passagens para que pudessem retornar aos seus Estados de origem. 

“Tomamos conhecimento das denúncias e fomos averiguar. De fato, os salários não haviam sido pagos, as condições do alojamento eram precárias. Ouvimos os trabalhadores e chamamos a diretoria do Clube para buscar um acordo que pudesse sanar os problemas e permitir que, pelo menos em um primeiro momento, o mínimo fosse garantido: as passagens para que eles pudessem retornar aos seus Estados, a maioria era de Recife, Salvador, Maceió, e o pagamento de parte dos salários”, explicou o Procurador-chefe do MPT-PI, Edno Moura. 

Durante a fiscalização, os fiscais do trabalho constataram ainda que as carteiras de trabalho dos jogadores não estavam assinadas, entre outras irregularidades. “Durante a nossa fiscalização, verificamos as condições de saúde e segurança dos trabalhadores, além de documentos, as condições dos alojamentos, dormitórios e ainda entrevistas com os trabalhadores. O clube agora deve se posicionar a cerca das irregularidades encontradas”, pontua Dinavan Araújo, fiscal do trabalho.

Para o procurador-chefe do MPT-PI, Edno Moura, o episódio demonstra o que o órgão já defendia anteriormente quando propôs a ação para que o Clube não participasse do Campeonato Piauiense de Futebol. “O MPT estava correto quando solicitou que o judiciário impedisse o clube de participar do campeonato. A dívida do clube aumentou e a situação dos atletas é de abandono”, lamentou.

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