Geral

LEVANTAMENTO

IBGE: 27,8% dos jovens piauienses não estudam e nem trabalham

O Piauí ficou em 11º lugar no ranking nacional com o maior número de jovens que não estudam ou trabalham

Da Redação

Quarta - 06/12/2023 às 12:44



Foto: Reprodução Jovem no mercado de trabalho
Jovem no mercado de trabalho

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (6), revelam que 27,8% dos jovens de 15 a 29 anos não estudavam e nem tinham ocupação no mercado de trabalho no Piauí no ano de 2021. A média do Brasil foi de 22,3%, 5,5 pontos percentuais abaixo do indicador do Piauí, que ficou no 11º lugar com o maior indicador do país. 

Segundo o IBGE, a maior parte da população jovem do Piauí que não estuda e nem trabalha são pessoas de 15 a 17 anos, seguida da população de 18 a 24 anos e por último a de 25 a 29 anos. 

Assim, no Piauí em 2022, no grupo de jovens de 15 a 17 anos cerca de 6,2% deles não estudava nem trabalhava, indicador bem inferior à média geral para os jovens de 15 a 29 anos, que era de 28,8%. Isso se deve em razão de que os jovens de 15 a 17 anos ainda estão, em sua grande maioria, finalizando a educação básica, sem priorizar ainda a atividade laboral. Para o estrato de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos, o indicador da população sem estudar e trabalhar ficou acima da média geral, respectivamente, em 33,6% e 31,5%. 

Analisando a série histórica da pesquisa para o Piauí, de 2012 a 2022, percebe-se que o indicador dos jovens que não estudavam nem tinham ocupação guarda uma certa relação inversamente proporcional com o nível da atividade econômica do país.  Assim, no período de 2012 a 2014, quando a economia brasileira apresentou  crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os indicadores de jovens que não estudavam nem estavam ocupados apresentou uma redução e foram os menores da série histórica, ficando por volta dos 24% ao ano. 

Em 2015 e 2016, com a redução observada no PIB brasileiro, o indicador de jovens que não estudavam nem estavam ocupados subiu de patamar e foi para cerca de 27%, tendo permanecido elevado até 2019, mesmo com o PIB tendo crescido no período de 2017 a 2019. 

Com a pandemia da COVID 19, no ano de 2020 o PIB despencou novamente, tendo repercutido fortemente no indicador, que atingiu seu maior nível na série histórica, com cerca de 34% dos jovens piauienses sem estudar nem ter ocupação. Em 2021 e 2022, com a retomada do crescimento do PIB, os indicadores caíram bastante de nível e chegaram a, respectivamente, 27,4% e 27,8%. 

Mulheres e pessoas pretas e pardas são maioria entre os jovens que não estudam nem trabalham 

 Dentre os jovens brasileiros de 15 a 29 anos cerca de 28,9% das mulheres não estudam nem estão ocupadas, indicador superior ao observado para os homens, que é de 15,9%. No Brasil a situação de atividade e condição de estudo dos jovens está fortemente relacionada ao sexo, na qual as mulheres tendem a formar a maioria do grupo que não estudava nem estava ocupado, em função de fatores culturais e estruturais que não dependem diretamente da situação do mercado de trabalho. 

No tocante à cor ou raça, cerca de 25,2% dos jovens pretos ou pardos não estudava nem estava ocupado, indicador superior ao verificado para os jovens brancos, que era de 18%. 

 A situação se repete ao analisarmos conjuntamente sexo e cor ou raça. Cerca de 17,7% dos  homens pretos ou pardos não estudavam nem tinham ocupação, contra 13,1% dos homens brancos. As mulheres pretas ou pardas apresentavam um indicador de 33,1%, contra um indicador de 22,7% das mulheres branca

 

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: