Foto: Rafaela Leal
Filas em bancos geram aglomerações no centro de Teresina
Centenas de pessoas se aglomeravam em longas filas de várias agências bancárias, no Centro de Teresina, nesta sexta-feira (09). Além do sol forte, com temperatura na casa dos 37°, a falta de abrigos e acomodações dignas revelam o descaso dos bancos com os clientes em todo o Brasil, principalmente às pessoas mais humildes, doentes e idosos.
As maiores filas eram de pessoas que esperavam atendimento na Agência do Banco Itaú, na rua Areolino de Abreu; nas agências da Caixa Econômica, na rua Areolino de Abreu e da Praça Rio Branco, e do Banco do Brasil na rua Álvaro Mendes.
Vários clientes informaram ao Piaui Hoje.Com que estavam enfrentando filas por mais de 6 horas. A maioria se queixava do risco que corriam de serem infectadas com o novo coronavírus, causador da Covid-19, doença que já matou quase 2,5 mil pessoas só no Piauí.
De acordo com os especialistas, as grandes aglomerações são os principais fatores de risco para transmissão do novo vírus e expansão da pandemia.
Os clientes denunciam falta de estrutura dos bancos para realizar o atendimento. Relatam que são obrigados a enfrentar filas no sol sem o menor distanciamento social.
Maria do Socorro, de 54 anos, moradora do bairro Primavera, zona Norte da capital, se deslocou a agência do Banco do Itaú na Rua Areolino de Abreu, centro de Teresina, para sacar o benefício do INSS, mas teve que esperar mais de 5 horas para ser atendida.
“Desde às 8 horas da manhã estou na fila, eles alegam que não tem energia. A pessoa é obrigada a esperar por atendimento no sol quente, porque não tem uma sombra para pessoa ficar, não tem uma cobertura, isso é uma falta de respeito”, desabafou.
A Professora, Ângela Andrade, de 37 anos, também teve que enfrentar a fila com filho no colo para conseguir um atendimento.
“Aqui é um desrespeito muito grande com a população. Olha a quantidade de pessoas aglomeradas nesse lugar em plena uma pandemia, acontece uma nova onda de Covid-19 está aqui o porquê”, ressaltou.
O José Fernandes, morador do bairro Dirceu, zona sudeste, estava na fila do Banco Itaú para sacar o benefício de auxílio-doença depois de ter sofrido um acidente. O cliente também teve que esperar por mais de 5 horas na fila, mesmo impossibilitado de ficar em pé por tanto tempo devido o acidente que sofreu.
A cliente Francisca Luiza, de 64 anos, moradora da zona rural de Timon, teve que se deslocar até Teresina para conseguir sacar o seu benefício. Além de enfrentar o deslocamento, foi obrigada a esperar por mais de 6 horas para ser atendida.
“Desde às 7 horas que estou nessa fila, a gente chega aqui e nada funciona, vim de Timon encaminhada pela prefeitura, sou zeladora no município", disse.
Tatiane da Silva moradora do bairro Planalto Uruguai, zona Leste, precisou enfrentar o mesmo constrangimento na Caixa Econômica da Rio Branco.
“Estou desde às 8 horas nessa fila pra sacar meu benefício e não consigo atendimento, a fila começa na Caixa Econômica e vai até o final da loja Pintos. Todos os dias é desse jeito a gente obrigado a se submeter a esse tipo de atendimento", comentou.
No Banco do Brasil da rua Coelho Rodrigues, a situação não é diferente. Tatiana Régia, de 51 anos, moradora do bairro Mario Covas, Zona Sul, esperava por mais de 3 horas por atendimento.
“Estou desde às 10h nessa fila aguardando para entrar e receber atendimento. Coloca de 10 pessoas dentro da agência para evitar aglomeração, mas aqui fora é essa aglomeração que você está vendo. Aqui é idoso, mulher com criança, todos na mesma situação”, relatou.
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