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ABSURDO

Confundido com bandido, trabalhador é preso injustamente e acaba na Penitenc

O jovem Allan Santos da Silva foi confundindo com um criminosos de 18 anos mais velho

Da Redação

Domingo - 28/01/2024 às 09:45



Foto: Reprodução Alan teve a cabeça raspada no presídio
Alan teve a cabeça raspada no presídio

O entregador Allan Santos da Silva, de 24 anos, ficou preso injustamente por três dias em Teresina após ser confundido com um criminoso de mesmo nome, porém com idade de 42 anos. O criminoso é foragido da justiça do Espirito Santo.

Allan estava com amigos na zona rural de Teresina quando foi abordado pela polícia no sábado (20). O jovem foi levado para a Central de Flagrantes de Teresina e não teve mais contato com a família. Em seguida ele foi encaminhado para a Colônia Agrícola Major César, onde teve o cabelo raspado e dividiu sela com outros presos.

Allan relatou que 10 viaturas chegaram ao sítio onde ele estava se divertindo e todas as mulheres foram retiradas do local. Em seguida, os policiais passaram a verificar os nomes dos homens e identificaram que havia um mandado prisão em aberto contra Allan, mas o real criminoso não era ele. 

"Quando puxaram meu nome viram que tinha um mandado em aberto. Pedi para verificarem meu CPF e não tinha nada. Mesmo assim me levaram para a Central de Flagrantes. Fui julgado pelos policiais, não me deixaram ligar para a minha família", relatou o entregador. 

Allan foi solto após a intervenção do defensor público Juliano Leonel. O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, emitiu a decisão de soltura, destacando o "patente engano" na prisão do entregador.

"Tais nacionais possuem filiação paterna, data de nascimento, números de RG e CPF, naturalidade e fisionomia totalmente discrepantes entre si. Nesse sentido, é patente engano, uma vez que flagrantemente se tratam de homônimos, caso em que o que cumprimento do mandado nem sequer deveria ter sido homologado", disse o juiz em sua decisão.

JUSTIÇA

Allan disse que vai processar o Estado em busca de justiça pelo o que passou. O entregador é pai de um menino de três anos.

"Essa é a nossa justiça. Quero que o estado pague pelo o que fizeram contra mim. Sou inocente e não devo nada a ninguém. Olha o meu jeito agora, como é que é ter o cabelo cortado. Hoje eu não sou mais a mesma pessoa. Hoje eu fico muito triste, cabeça baixa, não consigo trabalhar com medo de ser preso novamente. Tá sendo muito difícil na minha vida", disse o jovem.
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