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A juíza da 1ª Vara do Trabalho, Benedita Guerra Paes Landim, condenou a Eletrobras, ex-Cepisa, e a empresa Multiluz de Fortaleza (CE) a pagarem R$ 1 milhão de indenização por danos materiais, estéticos e morais e a colocar prótese no auxiliar de montador Erasmo Carlos de Sousa, que perdeu dois braços e a perna esquerda durante descarga elétrica ao realizar trabalho de eletricista, mesmo sem qualificação, na implantação de sistema elétrico do programa Luz para Todos na cidade de Alagoinha, no Sul do Piauí.

“A decisão da juíza é importante para servir de exemplo e já está sendo efetivada com a implantação das próteses dos braços e perna esquerda. São próteses biônicas”, declarou o advogado de Erasmo Carlos, Franklin Siqueira. Segundo ele, o acidente ocorreu no dia 6 de julho de 2010, quando Erasmo Carlos, apesar de trabalhar em terra, era obrigado a subir nos postes para instalar sistema elétrico como se fosse eletricista, foi quando aconteceu uma forte descarga elétrica de alta tensão de 13.800 volts. Ele caiu e com o choque foram queimados completamente os dois braços e a perna.

O operário é Bela Cruz (CE) e foi contrato para trabalhar no Piauí.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 22ª Região confirmou a decisão da juíza Benedita Guerra Paes Landim. A Eletrobras recorreu da decisão que está tramitando, em grau de recurso, no TST (Tribunal Superior do Trabalho em Brasília).