Foto: Reprodução/ Redes sociais
Presidente do GPTRANS, Maria Laura dos Reis
Teresina (PI) - Este ano comemoramos o 20° Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado no dia 29 de janeiro a data foi criada após um grupo de ativistas transgêneras se reunirem em Brasília no dia 29 de janeiro de 2004, para o Congresso Nacional com a campanha “Travesti e Respeito” em pró dos direitos da comunidade Trans no Brasil, por meio do Ministério da saúde. Segundo a Polícia Civil, somente em 2023, foram três mortes violentas contra pessoas LGBTQIAPN+ e outra morte de um adolescente está sendo investigada como crime homofóbico. Em 2022, segundo o Boletim de Dados de Violência Contra as Pessoas LGBTQIAPN+ do Piauí, foram quatro assassinatos.
A presidente do Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis (GPTRANS), Maria Laura dos Reis, afirma que a data ficou como um marco para realização de ações afirmativas voltadas para o público de travestis e transexuais, promovendo mais visibilidade junto ao poder público diante a violência que a comunidade é sujeitada.
“Para nós, é de grande importância estarmos cada vez mais alinhados com nossas pautas junto ao poder público, legislativo, judiciário e executivo, trabalhando em parceria com estes órgãos, para que a gente possa de alguma forma amenizar mais o preconceito e a discriminação”, destaca Maria Laura.
Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), foi registrado um número total de 145 assassinatos de pessoas trans no Brasil no ano de 2023, sendo 136 assassinatos de travestis e mulheres trans e 9 de homens trans e pessoas transmasculinas.
É importante ressaltar que esses são apenas os números registrados, a estimativa é que esses números sejam bem maiores devido a falta de dados oficiais por parte do Estado. O Brasil atualmente é o país que mais mata pessoas trans no mundo por 15 anos consecutivos.
A data serve como um lembrete da importância de se lutar por igualdade e respeito para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero. É uma ocasião para promover a inclusão e a aceitação, além de apoiar políticas e ações que garantam os direitos e a dignidade das pessoas trans em todas as esferas da sociedade.
“Já tivemos alguns avanços como legislações e politicas públicas implantadas no Brasil e no Piauí", destaca Maria Laura.
Para lembrar a data, em Teresina, houve a realização do Seminário Estadual da Visibilidade Trans no dia 29, em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e a Secretaria de Estado da Agência Social, Trabalho e Direitos Humanos e do GPTRANS.
O GPTRANS foi criado em 29 de janeiro de 2009, com o objetivo de atuar no controle social, acompanhando, monitorando e propondo políticas públicas, legislações e ações voltadas para promoção e defesa da cidadania da população de Travestis de Transexuais.
Siga nas redes sociais