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SUPOSTA EXTORSÃO

Defesa pede liberdade ou prisão domiciliar para Arimatéia Azevedo

O jornalista foi preso ontem (06) por suspeita de extorsão

Da Redação

Sexta - 08/10/2021 às 12:07



Foto: Arimateia Azevedo
Arimateia Azevedo

A defesa do jornalista e dono do Portal AZ, Arimatéia Azevedo, Ingressou com um pedido de liberdade provisória, com alternativa de prisão domiciliar, na manhã desta sexta-feira (07). O jornalista foi preso preventivamente nessa quinta-feira (06), pela Polícia Civil do Piauí por suspeita de extorsão.  

O pedido foi encaminhado para o Ministério Público Estadual, que deve se manifestar em até cinco dias. Arimatéia Azevedo foi levado para a penitenciária Irmão Guido, na BR 316, na zona rural de Teresina. Ele está recluso em uma sala de estado maior. 

Em seu pedido, a defesa alegou que o jornalista tem 68 anos e sofre de problemas cardíacos. Recentemente, Arimateia Azevedo passou por uma cirurgia cardíaca.

A prisão

Arimateia Azevedo e o advogado Rony Samuel de Negreiros foram presos pela Polícia Civil na manhã de ontem (06). Os dois são investigados em um inquérito que apura a possível prática de extorsão contra o empresário Thiago Ramos Duarte, proprietário de uma distribuidora de medicamentos. A investigação é presidida pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). 

Segundo o inquérito policial, a investigação foi aberta após representação de Thiago Gomes Duarte, dono da empresa Saúde e Vida, ter relato que foi vítima de extorsão por parte do jornalista e do advogado. O advogado Rony Samuel teria enviado mensagens para o Thiago Duarte cobrando valores para não fosse mais publicado notas contra ele  no portal AZ.

A defesa de Arimatéia Azevedo emitiu uma nota de esclarecimento afirmando que não há ligação de seu cliente ao susposto crime de extorsão. Confira na íntegra:

Processo não aponta ligação do jornalista Arimatéia Azevedo ao suposto crime de extorsão

O jornalista Arimatéia Azevedo foi surpreendido pela decretação de sua prisão preventiva na manhã de hoje (07), por fatos que desconhece, e principalmente sem nenhuma relação entre a suposta causa e o seu efeito.

Pelo que se depreende, do material levado ao juízo da Central de Inquéritos, Arimatéia teria publicado uma notícia no mês de maio, que seria objeto de suposta extorsão contra um empresário do ramo de medicamentos.

Entretanto, não existem contatos, nenhuma ligação, ou mesmo qualquer recomendação ou palavra que permitam unir Arimatéia ao advogado que também foi preso. Não existe uma única passagem que faça aparecer Arimatéia como autor da tentativa do benefício indevido.

Resta ao advogado apontado no processo esclarecer se, em algum momento, ao repassar a notícia a Arimatéia, se assim aconteceu, afirmar ou negar se essa matéria teria sido encaminhada ao colunista do Portal AZ com o propósito de obter alguma vantagem, o que, se assim tiver acontecido, em nenhum momento terá sido a pedido, interesse ou motivação partida do jornalista Arimatéia Azevedo.

A própria investigação nada avança além desse ponto. O que comprova que a denúncia ou a matéria em si não pode ser o móvel do crime, porque, se assim o for, mais parece uma censura prévia à imprensa que denuncia ou questiona, o que passa bem longe de tentativas de práticas de ações não republicanas.

De acordo com a polícia, a tentativa de extorsão se deu através de pedido de dinheiro para colocar fim à publicação de notas sobre a empresa da vítima, em uma coluna jornalística.

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