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Dr. Paulo Márcio
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI) repudiou às declarações do médico e Superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), Dr. Paulo Márcio Sousa Nunes, que defendeu em entrevista a um programa de TV a transferência da gestão de hospitais estaduais para Organizações Sociais.
O médico falou que a exigência de processo licitatório constitui um “gargalo” à administração pública, que “concurso público hoje é caro”, que seu custeio não é eficiente. Segundo o CRM, Paulo Márcio acrescentou ainda que o profissional concursado dificulta sobremaneira a manutenção do serviço de saúde e que muitos concursados são indiferentes às dores do paciente e à falta de insumos básicos.
"Em sentido totalmente oposto à manifestação do referido Superintendente, a realização de processo licitatório constitui uma verdadeira proteção de cunho social, uma vez que preza pelos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. É fato incontroverso que a realidade atual dos médicos que prestam serviço na saúde pública piauiense padece da realização de concursos públicos há mais de 10 anos para provimento de cargos efetivos, o que trouxe como consequência a precarização do serviço de saúde pública, dos vínculos e dos direitos funcionais básicos desses servidores, com perseguição constante e assédio aos atuais profissionais concursados", disse o CRM-PI.
Por fim, o CRM-PI disse que a partir do momento em que um gestor público, sobretudo sendo profissional da medicina, manifesta-se contrariamente à realização de concurso público na área da saúde incorre em desrespeito ao trabalho dos profissionais que se dedicam arduamente na assistência aos seus pacientes sem sequer terem o reconhecimento justo e necessário que a categoria faz jus.
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