Geral

SAÚDE

Confirmado 4º caso de Febre do Nilo no Piauí; estado é o único a registrar a doença

A paciente é uma mulher que apresentou os sintomas da doença em abril deste ano e foi internada no HUT

Alinny Maria

Terça - 15/10/2019 às 11:30



Foto: Wikimedia Commons Mosquito transmissor da febre do Nilo Ocidental
Mosquito transmissor da febre do Nilo Ocidental

Foi confirmado o quarto caso de febre do Nilo Ocidental no estado do Piauí. A informação é da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, através do programa de Vigilância das Síndromes Neuroinvasivas. A paciente é uma mulher que sofreu um quadro agudo de encefalite, inflamação do sistema nervoso, no mês de abril deste ano. Ela ficou internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e ficou com sequelas neurológicas.

Em todo o país, foram confirmados quatro casos da doença, sendo que todos foram registrados no Piauí. A primeira e única morte ocasionada pela doença ocorreu em 2017, no município de Piripiri. A paciente era mulher idosa e além da Febre do Nilo Ocidental, ela tinha outros problemas de saúde.  Os outros três pacientes foram infectados em 2014, 2017 e agora em 2019, sem óbitos. Os pacientes que apresentaram a forma mais leve da doença eram de Aroeiras do Itaim e Picos.

O vírus da febre do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquito infectado, geralmente do gênero culex. Os hospedeiros naturais são algumas aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus e podem ser fontes de infecção para os mosquitos. Também pode infectar humanos, cavalos, primatas e outros mamíferos. Não há transmissão de pessoa a pessoa.

“A FMS está investigando a possibilidade de tratar-se de caso adquirido no Piauí (caso autóctone). Isso porque a paciente esteve nos municípios piauienses de Cabeceiras e Lagoa Alegre nas semanas anteriores ao adoecimento. A prevenção da doença é através de medidas para minimizar a proliferação e o contato dos mosquitos com humanos. Todos os casos suspeitos em Teresina são notificados e investigados laboratorialmente para febre do Nilo Ocidental, em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí e o Instituto Evandro Chagas”, explica o neurologista da FMS, Marcelo Vieira.

Neurologista Marcelo Vieira

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba, o primeiro caso humano foi registrado no município de Aroeiras do Itaim – PI, em 2014. “Desde então, outros dois casos haviam sido confirmados nos municípios de Picos  e Piripiri, ambos em 2017. Os casos em equídeos já foram detectados nos estados do Ceará, do Espírito Santo e de São Paulo”, afirma.

Sintomas da doença

  • febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;

  • anorexia;

  • náusea;

  • vômito;

  • dor nos olhos;

  • dor de cabeça;

  • dor muscular;

  • exantema máculo-papular e linfoadenopatia.

De acordo com o Ministério da Saúde, o período de incubação intrínseca (tempo entre a infecção do hospedeiro e a manifestação de sinais e sintomas) nos humanos varia de 3 a 14 dias após a picada do mosquito e pode apresentar manifestação subclínica ou com sintomatologia de distintos graus de gravidade, variando desde febre passageira - acompanhada ou não de mialgia (dor muscular) - até sinais e sintomas de acometimento do sistema nervoso central com encefalite ou meningoencefalite grave.

Um em cada 150 indivíduos infectados desenvolve doença neurológica severa (meningite, encefalite ou poliomielite). A encefalite é o quadro mais comum entre as manifestações cerebrais. Em menos de 1% das pessoas infectadas, o vírus causa uma infecção neurológica grave, incluindo inflamação do cérebro (encefalite) e das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal (meningite).

Fonte: FMS

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: