Foto: Divulgação
O Aedes aegypti transmite dengue e chikungunya, também pode transmitir o vírus da zika
Com a chegada do período chuvoso em diversas regiões do Brasil, aumenta a preocupação de com o crescimento da circulação do mosquito Aedes aegypti e das doenças associadas a ele como dengue, zika e chikungunya. Em Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS), faz orientações para a população.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e novembro foram registrados 971.136 casos prováveis de dengue no Brasil, com 528 mortes. As maiores dos casos são nas regiões Centro-Oeste (1.187,4 por 100 mil habitantes), Sul (931,3/100 mil) e Nordeste (258,6/100 mil).
Em Teresina, dados da FMS apontam até o mês de novembro, 953 casos de dengue. O número é muito inferior ao registrado em 2019, que confirmou 4.495 pessoas com doença no mesmo espaço de tempo.
De acordo com gerente de Zoonoses da FMS, Oriana Bezerra, é necessário ter alguns cuidados para evitar que o mosquito sejam integrados à rotina da população. “Embora tenhamos uma boa cobertura de retirada de lixo na cidade, ainda vemos pessoas fazendo o descarte inadequado em terrenos baldios e praças. No momento que se inicia o período chuvoso, esse material acaba se tornando um criadouro”, alerta a gerente. “A responsabilidade de mantermos esses ambientes, sejam públicos ou privados, livre de criadouros, é de todos nós enquanto cidadãos”, disse.
O Aedes está no Brasil há mais de 100 anos. Em alguns momentos, já chegou a ser erradicado. Mas nos últimos 30 anos o inseto vem permanecendo e, segundo o professor Ramalho, se adaptando muito bem ao cenário de urbanização do país e do uso crescente de materiais de plástico, que facilitam o acúmulo de água propício à reprodução do mosquito.
Campanha nacional
No mês passado, o governo federal lançou uma campanha contra a proliferação do Aedes com o lema "Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo". O desafio é conscientizar os cidadãos sobre a importância de limpar frequentemente estruturas onde possa haver focos e evitar a água parada todos os dias.
A campanha conta com a difusão de peças publicitárias em meios de comunicação, alertando sobre esses cuidados e sobre os riscos da disseminação do mosquito e as consequências das doenças associadas a ele.
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