Foto: Divulgação
Analfabetismo
A taxa de analfabetismo caiu no Brasil. O índice passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua Educação 2019, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da queda, referente a cerca de 200 mil pessoas na prática, ainda há 11 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever um bilhete simples.
“É uma taxa que vem baixando ao longo do tempo”, diz a analista da pesquisa Adriana Beringuy. Com isso, o país se aproxima da meta estabelecida pelo PNE (Plano Nacional de Educação) para 2015 – 6,5% –, mas, mesmo com cinco anos de atraso, não consegue ultrapassar a marca.
"Estamos muito próximos da meta [do PNE], só que era para ela ter sido alcançada em 2015. Chegamos em 2019 com 0,1 ponto percentual abaixo desse alvo", diz Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE.
A taxa alcançada em 2019, no entanto, pode ser diferente em relação a pessoas de faixas etárias distintas. O índice, que é de 6,6% para brasileiros com 15 anos ou mais, chega a 7,9% para a população com 25 anos ou mais e a 11,1% para aqueles com 40 anos ou mais, até finalmente alcançar 18% entre os brasileiros com mais de 60 anos.
"O processo de alfabetização nos grupos mais velhos requer um esforço maior, e mais da metade [dos analfabetos] está nesse contingente de pessoas com mais de 60 anos, que ao longo da vida tiveram uma trajetória educacional prejudicada", destaca Beringuy. “O analfabetismo está mais concentrado entre as pessoas mais velhas, uma vez que os jovens são mais escolarizados e, portanto, vão registrar um indicador menor”, acrescenta.
Em relação às regiões, os valores também mudam. Sul e Sudeste são as com a menor taxa de analfabetismo, com 3,3% entre os que têm 15 anos ou mais. Na região Centro-Oeste, a taxa é de 4,9% e na região Norte, 7,6%. O Nordeste tem o maior percentual de analfabetos, com 13,9%.
Meios de mudança
Reduzir e erradicar a taxa de analfabetismo está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), na Lei 13.005/2014, que estabelece quais as mudanças necessárias no programa para favorecer o ensino até 2024 – desde a educação infantil, passando pelo ensino médio e as orientações sobre o que estudar para o Enem e chegando à pós-graduação. De acordo com o texto da lei, em 2015, o Brasil já deveria ter atingido a taxa de 6,5% para que em 2024 ela chegasse a zero.
Como não foi possível, para alcançar os resultados previamente estabelecidos, os trabalhos deverão ser intensificados.
Fonte: Rodolfo Milone
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