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DENÚNCIA

Surgem novas denúncias de tortura na Penitenciária Feminina de Teresina

Familiares de detentas procuraram um advogado para formalizar as denúncias contra a diretora e uma agente penitenciária do presídio

Da Redação

Terça - 31/10/2023 às 08:00



Foto: Arquivo/TV Câmara Mulher encarcerada/ Imagem ilustrativa
Mulher encarcerada/ Imagem ilustrativa

A diretora da Penitenciária Feminina de Teresina, Cristiane Praga, e a agente penitenciária identificada apenas como Alda, estão sendoinvestigadas por suspeita de tortura contra detentas.O advogado criminalista Udilisses Bonifácio, que defende a detenta Rosilene Rodrigues do Nascimento, vítima de espancamento, foi procurado por familiares de outras detentas que também afirmam ter sido torturadas. 

 As primeiras denúncias foram formalizadas na semana passada e a Diretoria de Unidade de Administração Penitenciária (Duap) da Secretaria de Estado da Justiça do Piauí abriu um processo administrativo para investigar as funcionárias. O caso também foi registrado na Delegacia de Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias. 

Até o momento, a Secretaria de Justiça ainda não afastou nenhuma das funcionárias envolvidas nas supostas agressões. O caso ganhou repercussão após a filha da detenta Rosilene compartilhar um vídeo nas redes sociais informando que sua mãe vem sofrendo diversas agressões físicas dentro da penitenciária, provocadas pelas funcionárias Cristiane e Alda.

Cristiane Praga / Foto: Arquivo pessoal

Udilisses Bonifácio falou ao Piauí Hoje que tem várias internas querendo falar com ele para realizar suas denúncias. Além disso, ele afirma ter sido procurado por familiares de detentas. 

Nesta segunda-feira (30), o advogado foi ao presídio conversar com Rosilene e informou que ela alegou não ter apanhado mais.

"Hoje foi tranquilo! Ela disse que já tiraram ela do Peru e está apenas na triagem. Falou também que não sofreu mais nenhum tipo de agressão", disse o advogado.

Advogado Udilisses Bonifácio / Foto: Arquivo pessoal 

Segundo o advogado, 'peru' é um local muito pequeno que fica no final do corredor da penitenciária, é uma espécie de mini cela totalmente escura, sem ventilação e sem qualquer salubridade. 

"É cheio de fezes humanas e fezes de ratos. Minha cliente não está mais lá, graças a Deus saiu desse local. Só quero que os presos sejam tratados como presos e não como animais", afirmou.

Piauíhoje.com tentou contato com o secretário de Estado da Justiça, coronel Carlos Augusto, mas não obteve retorno.  

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