IBGE afirma que 19,8% dos jovens brasileiros não estudam nem trabalham

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

As informações são do módulo anual sobre Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou que cerca de 19,8% dos jovens de 15 a 29 anos no Brasil não estudava nem trabalhava em 2023. Esse percentual equivale a um entre cinco jovens brasileiros. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22).

Segundo o estudo, 9,6 milhões estavam nessa situação em 2023. Por outro lado, 15,3% dos jovens trabalhavam e estudavam, 39,4% apenas trabalhavam e 25,5% apenas estudavam.

A parcela dos "nem-nem", aqueles que não estudavam nem trabalhavam, recuou em comparação a 2022 (20%).

“Essa população que nem estudava, nem se qualificava e nem trabalhava vem diminuindo porque, nos últimos anos, a gente teve um aporte maior de jovens na força de trabalho. Essa população foi sendo reduzida mais pela via mercado de trabalho do que necessariamente via educação”, explica a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.

Quanto à qualificação, a Pnad Contínua aponta ainda que 24,9 milhões de jovens de 15 a 29 anos sem ensino superior completo não estudavam, não faziam curso profissionalizante nem cursavam pré-vestibular.

“De 15 a 17 anos, o principal arranjo é não estar trabalhando e estar estudando, o que é bastante desejável. De 18 a 24 anos, essa situação de estar apenas estudando cai significativamente e aumenta a condição de apenas trabalhar. O trabalho começa a competir com os estudos na vida desse jovem. Mas cresce também a condição de uma pessoa não estar trabalhando nem estudando. Por fim, de 25 a 29 anos, a gente tem quase 60% das pessoas voltadas integralmente para o trabalho”, afirma a pesquisadora do IBGE.

A Pnad Contínua investiga, trimestralmente, um conjunto de informações conjunturais sobre as tendências e flutuações da força de trabalho e, de forma anual, temas estruturais relevantes para a compreensão da realidade brasileira.

Fonte: Agência Brasil