Funtastic se lança no mercado como a 1ª banda gay do Brasil

Após algumas aulas de canto, o grupo lançou o seu primeiro hit em fevereiro deste ano, "Balança a Raba"


Funtastic

Funtastic Foto: Purepeople

Autointitulada a primeira gay band do Brasil, a Funtastic tem ganhando espaço no mercado musical e reconhecimento de artistas famosos no meio. Os integrantes do grupo, Edson Bibiu, Jhury Nascimento, Lucas Oliveira e Thiago Basseto, são ex-bailarinos de Ludmilla, Valesca e Anitta.

Em meados de 2017, entre os encontros na estrada, os quatro resolveram se juntar para gravar um vídeo de dança. Dessa produção, somada à pressão dos fãs, surgiu o convite para deixar de performar para as artistas e criar a própria banda. "Saímos da nossa zona de conforto porque nunca tínhamos cantado", conta Jhury Nascimento, 22.

Após algumas aulas de canto, o grupo lançou o seu primeiro hit em fevereiro deste ano, "Balança a Raba", e pouco tempo depois recebeu o convite de Ludmilla para gravarem uma música juntos. "Não vou Parar", resultado da parceria, foi lançada há duas semanas.

"A parceria surgiu quando Bibiu, que dançava com ela, disse que queria se desligar por conta da banda. Ela desejou sorte e, para a nossa surpresa, um tempinho depois ela escreveu uma música de presente para nós, baseada no nosso comportamento em festas, brincadeiras e convívio com ela", conta Jhury.

"Tínhamos contato com a Lud há muito tempo. Ela é nossa madrinha e está ajudando desde o início do projeto", diz. Ele conta ainda que a banda ainda tem vontade de gravar com artistas como Anitta e Pablo Vittar.

O som do grupo mistura pop e funk, com a intenção de atingir diferentes públicos e fazer show bastante ecléticos - o que não os livra do preconceito. "Colocar um bailarino com roupas femininas e maquiagem é um choque para a sociedade. Existem pessoas que ainda não estão preparadas para isso", diz Jhury. "Estamos sendo nós mesmo. Não é nada forçado." Ele conta que a banda tem tido um papel importante de representatividade, uma vez que dá visibilidade a um nicho de meninos que gostam de usar roupas e maquiagens mais ousadas, sem serem drag queens.

"A gente recebe muitas mensagens, inclusive de pessoas mais jovens, dizendo coisas como 'coloquei um cropped e me senti muito bem depois que vi vocês usando no clipe'. É muito gratificante ver esse carinho e essa representatividade." Enquanto acompanham a abertura gradual do mercado musical, Jhury diz que o grupo se prepara para dar início à agenda de shows. Os próximos passos serão lançar um novo single e um EP. 

Fonte: Folhapress

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