Foto: Caio Bruno/Alepi
Secretário Luciano Nunes (PSDB)
A Estratégia de Vigilância das Encefalites Virais, implantada pela Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS), será destaque no 51º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que acontecerá em Fortaleza no período de 14 a 17 de junho. O neurologista Marcelo Adriano Silva, médico da Diretoria de Vigilância em Saúde da FMS, irá apresentar a iniciativa para cientistas e sanitaristas de todos os estados da federação.
A Gerência de Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde de Teresina foi a responsável pela identificação do primeiro caso suspeito de Febre do Nilo no Brasil, através da implantação do Programa Piloto de Monitoramento das Encefalites Agudas no município.
O programa foi implantado em julho de 2013 e já incluiu 82 pacientes residentes em Teresina, em cidades do interior do Piauí e em outros estados. Através deste programa foi possível detectar o primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental no país, fato que chamou atenção das comunidades científicas nacional e internacional. Em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (SESAPI) e através do Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (LACEN-PI), amostras biológicas dos pacientes são encaminhadas regularmente ao laboratório de referência nacional do Ministério da Saúde (Instituto Evandro Chagas) para detecção do microorganismo causador dos casos de encefalite.
Encefalites são doenças causadas por infecção e inflamação do cérebro. Freqüentemente, tais infecções são mais graves do que a inflamação da meninge (meningite). Diversos vírus, bactérias e parasitas podem provocar este acometimento, com tratamentos por vezes distintos para cada situação. A investigação rotineira das causas das encefalites tem o potencial de detectar precocemente a ocorrência de eventuais surtos, a reemergência de um patógeno ou modificações em sua agressividade e a introdução de um novo vírus em uma região. Conseqüentemente, os resultados destes estudos podem subsidiar a execução de medidas de controle necessárias a cada infecção detectada.
“Durante o evento faremos a exposição do Programa de Vigilância das Encefalites Virais em Teresina, além de discutirmos os desafios do controle de doenças transmissíveis como Calazar, Dengue, Chikungunya, Zika, AIDS, Hepatites e Doença de Chagas”, explica o médico.
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Álvaro Mota
É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.
