Polícia

Fraudes nos benefícios do INSS começavam no Piauí

Até agora não houve prisões no Piauí

Sexta - 07/10/2016 às 14:10



Foto: Reprodução/PF Goiás Entrevista coletiva na sede da PF em Goiás
Entrevista coletiva na sede da PF em Goiás

As fraudes para o recebimento de benefícios do INSS que deflagraram a Operação Imperador na manhã dessa quinta-feira, 6, no Maranhão, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal tiveram início nas cidades de Pedro II e Piripiri, no interior do Piauí.

Segundo a Polícia Federal em Goiás, foram emitidos quatro mandatos de busca e apreensão nas duas cidades piauienses, sendo que todos eles foram cumpridos, mas não houve prisões.

Foi constatado que uma organização criminosa agia em todo o país e pode ter causado um prejuízo atual para os cofres da Previdência Social de aproximadamente R$2.3 milhões (considerando 62 benefícios analisados), e no prejuízo evitado de aproximadamente R$ 9.3 milhões.

De acordo com a delegada Marcela Rodrigues de Siqueira Vicente, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários da PF de Goiás, foram expedidos 22 mandatos nos três Estados e no Distrito Federal. “Até agora não identificou-se a atuação de políticos, mas há uma organização atuando. Também ainda não foi comprovado o envolvimento de servidores do INSS, mas estamos investigando”, disse a delegada.

A fraude tinha início nas certidões de nascimento. A partir delas, eram feitos uma série de documentos como identidade, CPF e título de eleitor que culminavam com a concessão dos benefícios previdenciários. “Nas certidões falsas, todos os envolvidos tinham nascido no Piauí e no Maranhão. Houve flagrantes em Mato Grosso e Goiás”, disse a delegada.

O chefe da assessoria de Pesquisa Estratégica da Previdência, Núcleo de Inteligência de Combate a Fraude, Marcelo Áviles, disse que o INSS identificava casos isolados de fraudes em benefícios.

“Mas, em 2014, recebemos denúncia que dava conta de um suposto esquema de fraudes em benefícios do INSS. Pessoas com certidões de nascimento do Piauí e Maranhão vinham requerer os benefícios em Goiás e Distrito Federal. Havia vários processos semelhantes com as mesmas fotografias e endereços que coincidiam e até mesmo o telefone e os acompanhantes eram iguais. Diante dessas situações, percebemos que havia um esquema estruturado, envolvendo essa fraude e fizemos relatório para a Polícia Federal que começou a investigação”, disse Marcelo Áviles.

Fonte: Cintia Lucas

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