Fragmentos de corpos de vítimas de acidente chegam ao IML de São Paulo

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Local da queda do Cesnna em Santos (SP)

Local da queda do Cesnna em Santos (SP) Foto: Futura Press

Onze sacos com fragmentos dos corpos que estavam na aeronave que caiu em Santos, matando o candidato à Presidência da República Eduardo Campos, já foram levados à sede do Instituto Médico Legal (IML) na região central de São Paulo.

Os fragmentos chegaram em dois veículos próprios para esse tipo de transporte entre a noite de quarta-feira (13) e a manhã de quinta (14). Um terceiro veículo permanece em Santos para recolher os fragmentos restantes.

Ivan Miziara, diretor do IML em São Paulo afirma que não há prazo para terminar a análise do material entregue no instituto. "Esperamos concluir os trabalhos o mais rápido possível. É um trabalho muito complexo e não temos prazo. A gente segue padrões de protocolos internacionais de identificação, que precisam ser feitos em uma situação como essa."

Também entre a noite de quarta e a manhã de quinta, familiares de algumas das sete vítimas do acidente foram ao IML para iniciar o processo de reconhecimento dos corpos. As famílias estão coletando material genético para a realização de exames que possam ajudar da identificação. Só após esse processo os corpos serão liberados para a realização de velório e enterro.

Exames de DNA são essenciais para o reconhecimento das vítimas. "Em alguns casos chegou o material trazido pelos dentistas das vítimas, mas o grosso do material analisado dos restos mortais vai ser feito por exame de DNA", afirma Miziara. "Sem os DNAs vai ficar muito mais complicado. Daria para se trabalhar, mas levaria muito mais tempo", afirma.

Os governo de Pernambuco e do Sergipe estão ajudando nesse processo e coletam respectivamente material genético da família de Campos, que permanece em Recife, e de Pedro Valares, assessor político do candidato.

Arcada dentária

O dentista de Campos, Fernando Cavalcanti, também compareceu ao IML de São Paulo na madrugada desta quinta levando radiografias e um molde da arcada dentária de Eduardo Campos. Outro presente foi Francisco Sacramento, da Polícia Científica de Pernambuco, que trabalhou no acidente envolvendo voo da Air France, em 2009.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), uma equipe de 30 profissionais de perícia aguardavam a chegada dos corpos. "Quatro peritos da Polícia Federal estão apoiando os trabalhos. A realização dos exames de DNA ficará sob a responsabilidade de 10 peritos criminais do Instituto de Criminalística, especialistas em genética forense”, diz comunicado da Secretaria da Segurança Pública divulgado na quarta-feira.

O acidente

A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, também no litoral. Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.

Moradores disseram ter visto uma bola de fogo no céu. Os destroços atingiram residências do bairro e seis vítimas do acidente que moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa Casa de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Segundo o hospital, todos passam bem.

A bordo da aeronave (veja como foi a queda do avião), estavam sete pessoas, das quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes. Veja a lista dos mortos:

- Eduardo Campos, candidado à Presidência

- Alexandre da Silva, fotógrafo

- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor

- Geraldo da Cunha, piloto

- Marcos Martins, piloto

- Pedro Valadares Neto

- Marcelo Lira

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o motivo do acidente. A PF enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração do caso. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.

Fonte: globo.com

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