Foto: Paulo Pincel

Ao todo 90 policiais da Força Nacional serão enviados para Teresina na próxima segunda-feira (16) e atuação será idêntica a já adotada pelo Batalhão de Polícia das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRone) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). A informação foi confirmada pelo secretário de segurança do Piauí, Fábio Abreu, na manhã desta quinta-feira (12), após reunião com os dois oficiais do órgão.

Segundo Fábio Abreu, a tropa será distribuída nos bairros da capital, onde há maiores índices de tráfico de drogas, homicídios e roubo. "Vamos elaborar um plano para apontar as áreas que contarão com um efetivo maior de homens, mas ele não será divulgado até por questão estratégica. Inicialmente eles vão passar três meses em Teresina, podendo prorrogar por igual período. Caso haja necessidade serão destinados também para Picos e Parnaíba", contou.

Para o conhecimento de território, Força Nacional contará nos primeiros meses com a presença de militares de Teresina, além de um plano com os locais onde há maior número de crimes.

"Em menos de um mês eles terão condições de circular por toda a cidade sozinhos. A importância da vinda deste policiais é para dar a sensação de segurança a população. Quando a tropa for embora, a expectativa é que diminua os crimes e o legado que uma experiência dessa deixa é enorme, além da troca de informações, equipamentos e munições", disse.

De acordo com o secretário, a presença da Força Nacional não trará custo para o estado e todas as despesas serão custeadas pelo Ministério da Justiça. Além de montar barreiras em diversos pontos, os policiais estão autorizados a darem voz de prisão em flagrante e encaminhar para a Central.

"Esperamos não ter uma quantidade excessiva de presos, já que intenção é inibir a realização de crimes. Caso ocorra um número significativo de pessoas presas, a Central de Flagrantes tem condições de custodiar estes criminosos até a sua transferência para o setor prisional", explicou.

A Força Nacional já atua em 44 missões em todo o país, como nos estados de Alagoas, Rio de Janeiro, Maranhão, Mato Grosso, entre outros. Os dois oficiais que estiveram em Teresina não quiseram dar informações à imprensa. Para Fábio Abreu, a autorização do envio das tropas pelo Ministério da Justiça foi por causa do número de homicídios registrados em 2014, que ficaram acima da médica normal do estado