Foram detectados metais nocivos como chumbo, cromo, níquel, cobre e al

Piauí Hoje


Uma pesquisa realizada por alunas da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) revela um dado preocupante para a população de Teresina: o rio Poti, um dos dois que cortam a cidade, contém metais pesados em suas águas. A constatação foi feita depois que Vivane Lopes Leal e Isabele Folha Damasceno, alunas de Iniciação Cientifica e do mestrado em Química da UFPI, realizaram análises de amostras de água coletadas em onze pontos diferentes do rio. Nelas, foram detectados metais como chumbo, cromo, níquel, cobre e alumínio, substâncias nocivas ao organismo humano. Acredita-se que as substâncias sejam oriundas de residências, hospitais e indústrias instalados na capital. Sob a responsabilidade do professor Edmílson Miranda, as estudantes constataram que o rio Poti apresenta alta carga de poluentes e materiais tóxicos no trecho entre o balneário Curva São Paulo, zona Sudeste, e a estação de tratamento da Agespisa, zona Leste. A avaliação da qualidade da água e do solo do rio Poti, além dos esgotos despejados nele, é feita no laboratório de Química da UFPI. No local, a equipe realiza a análise de propriedades físico-químicas, como PH e condutividade elétrica, e de elementos químicos (presença de oxigênio dissolvido, cloreto, nitrato, nitrito e dureza da água). A estudante Vivane Lopes aponta possíveis soluções para o problema, comum em grandes cidades brasileiras. "Ampliar a rede de tratamento de esgotos é apenas uma das medidas a serem tomadas pelo poder público, mas o cidadão precisa ter consciência do seu papel, conhecer que tipo de material é despejado no rio", explica a estudante do Programa de Iniciação Científica. Considerado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) trabalho de destaque do Centro de Ciências da Natureza - CCN da UFPI, o projeto foi apresentado durante encontro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorreu em julho deste ano, em Manaus (AM). O valor de financiamento de R$ 16 mil, aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para atuação em 2009-2010 é destinado para compra de reagentes e equipamentos de pequeno porte que ajudarão nas nálises feitas em laboratório. "Estamos satisfeitos em desenvolver um projeto que poderá beneficiar os teresinenses, ainda mais quando somos reconhecidos por instituições que apóiam o desenvolvimento de ações na área de pesquisa. Este cenário torna-se favorável quando temos a Ufpi dando incentivo para que os professores busquem projetos e editais neste setor", declarou o professor Edmílson Miranda.

Fonte: Meio Norte

Siga nas redes sociais
Mais conteúdo sobre:
Próxima notícia

Dê sua opinião: