Os Auditores Fiscais do Trabalho - AFTs da Superintendência Regional do Trabalho do Piauí estão paralisados por tempo indeterminado desde o dia 18 de março do ano em curso. Eles estão em campanha pela valorização dos serviços prestados à população, por maior segurança nas ações fiscais, principalmente na fiscalização rural e de combate ao trabalho escravo, pelo subsídio, que significa um salário único no final do mês e não por gratificações em seus contracheques, campanha conjunta com os Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil e Analistas Técnicos da Receita Federal do Brasil, chamadas carreiras típicas de Estado, estratégicas na Administração Federal.Os AFTs são responsáveis por fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista e das normas de segurança e saúde, além de atuarem no combate direto ao trabalho escravo e trabalho infantil, e na mediação de conflitos entre empregados e patrões. Os AFTs também fazem a verificação do recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, cuja arrecadação tem crescido significativamente nos últimos anos, ampliando as possibilidades de o governo investir em obras de infra-estrutura, saneamento básico e habitação popular. Ao verificar o registro dos trabalhadores em Carteira de Trabalho, os AFTs agem no combate à informalidade no mercado de trabalho e aumentam as contribuições para a Previdência Social. Somente no ano passado, os AFTs registraram sob ação fiscal mais de 746 mil trabalhadores que estavam na informalidade. Imediatamente, eles passaram a integrar as estatísticas de contribuição ao FGTS e INSS, usufluindo de direitos e aumentando a arrecadação do Estado.A categoria decidiu entrar em greve nacionalmente porque as negociações com o governo não apresentam avanços desde outubro do ano passado. Com a paralisação ficam suspensas as fiscalizações externas e o atendimento interno nos plantões de orientação aos trabalhadores na Superintendência Regional.Às 8h de amanhã, dia 27, quinta-feira haverá uma grande manifestação nos canteiros da avenida frei Serafim, em frente à SRTR, com a participação de representantes de entidades sindicais e ONGs, oportunidade em que os AFTs vão conversar, prestar informações trabalhistas, distribuir panfletos ao público que vai à Superintendência e protestar contra a "enrolação" do governo nas negociações.
Fonte: PRT
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