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Filho do Coronel Prado é suspeito de matar por ciúmes em Nazária

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Terça - 17/09/2013 às 00:09



 Hassan Prado, filho do ex-comandante da Polícia Militar, coronel Francisco Prado, é apontado como o principal suspeito na morte de Leonardo Almeida, morto a tiros na noite do domingo passado, dia 15, na cidade de Nazária, localizada a menos de 50km da capital Teresina.

No município não se fala em outra coisa. Hassan mora em Nazária e administra um restaurante, o qual arrendou há algum tempo. O restaurante chama-se "O Coronel", em homenagem ao pai, Coronel Prado. É um dos mais frequentados na cidade. Ele tem como companheira uma jovem chamada Suzane.

Ela seria o motivo de uma rixa que Hassan tinha com Leonardo. Este rapaz era amigo de infância de Suzane e sempre que se viam, se abraçavam, segundo populares, como dois amigos. Mas para Hassan poderia ter algo bem mais forte do que isso. E essa relação o incomodaria.

Dias antes do crime, Hassan e Leonardo tiveram uma briga após saírem de uma festa. Eles se encontraram e foram as vias de fato, com direito, segundo testemunhas, a coronhadas. Na noite deste domingo, porém, Leonardo morreu a tiros. Apesar dos comentários, ninguém confirma o que realmente aconteceu. A população de Nazária está assustada.

POLÍCIA INVESTIGA
Em contato por telefone com o delegado Jeiko Leal, que responde pelo DP de Nazária, ele admitiu ao 180graus que segue várias linhas de investigação, mas no momento não pode apontar suspeitos, mesmo com a população apontando para nomes como o de Hassan. Jeiko é titular da delegacia de Palmeirais, mas se destacou para Nazária exclusivamente para tratar deste caso. Pode ser crime passional (neste caso, por ciúmes).

"Na verdade estamos ainda na fase inicial de investigações e temos 30 dias para cumprir. Já ouvimos cinco pessoas, entre testemunhas, populares e parentes da vítima. Ainda não podemos apontar para suspeitos porque não houve o flagrante. Até porque nós da Polícia Civil só soubemos do caso por volta das 9h desta segunda-feira (16/09). O crime ocorreu por voltadas 23h e quem acompanhou foi o 6º Batalhão da Polícia Militar. Vamos inclusive chamá-los para ajudar nas investigações", afirmou o delegado.

SOBRE SER FILHO DO CORONEL
Para o delegado Jeiko, seja quem for o acusado pelo crime, dependendo do que as investigações apontarem, deve responder pelo crime que cometeu. Ele confirma que muitas pessoas falam no nome de Hassan, mas ele ainda não trabalha com suspeitos porque está no início das investigações. "Temos que ter calma na investigação. Para se ter uma ideia nem tive ainda acesso ao exame cadavérico, nem sei quantos tiros foram, os projeteis na vítima. O IML pediu dez dias e por isso vamos aguardar".

Ele garante que o fato de Hassan ser filho do Coronel Prado não prejudica os trabalhos. "Tudo que podemos fazer, está sendo feito. Não interessa quem serão os culpados. Vim para Nazária exclusivamente para cuidar deste caso. Não posso atuar ninguém ainda porque seria muito precipitado. Estamos dando andamento em todos os procedimentos. Já colhemos as informações, demos início aos trabalhos. Uma hora chegaremos aos verdadeiros responsáveis pelo crime. Da nossa parte, hoje, nada pode ser confirmado. É muito preliminar. Este rapaz (Hassan) não foi autuado. Não foi nem colocado como potencial suspeito. Cabe agora as investigações".

CORONEL PRADO FALA SOBRE O CASO
Procurado pela reportagem do 180graus, por telefone, o Coronel Prado disse que só quem pode falar sobre o caso é o próprio filho. "Ele (Hassan) é meu filho, mas já é maior de idade. E é ele quem responde pelos seus atos. Não tenho nada a ver com isso. Já recebi várias ligações hoje (segunda) de vocês da imprensa, de pessoas que me conhecem, mas não posso dizer nada. Só quem pode responder por esse caso é ele. Eu não", afirmou Prado. Questionado se poderia dar então o número do telefone celular ou qualquer outro contato do filho, o coronel disse que não tinha. 

Fonte: 180graus

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