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Fevereiro registrou um aumento de 139,8% no número de assassinatos no

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Segunda - 19/03/2012 às 10:03



O número de homicídios dolosos no Piauí teve um aumento de exatos 139,8% no mês passado em comparação com o mesmo período do ano passado. Em fevereiro de 2011 foram registrados 17 assassinatos em todo o Piauí e já em fevereiro deste ano o número subiu para 41 crimes. Os dados são de uma pesquisa mensal realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis de carreira do Piauí (Sinpolpi) com o objetivo de medir um índice de violência no Estado.

Para se ter uma ideia do que os números representam basta registrar que só Teresina no mês passado teve mais assassinatos que todo o Estado em fevereiro de 2011. Foram 27, ou seja, 10 a mais do que os 17 do segundo mês do ano passado.

Para o presidente do Sinpolpi Cristiano Ribeiro, esses números refletem a falta de investimentos no Estado no aparelho de segurança. O sindicalista lembra que há mais de um ano o Governo tenta concluir o IML de Teresina e iniciar um outro em Parnaíba, mas não consegue. No litoral, por exemplo, a criminalidade está tomando rumos fora de controle. Parnaíba, mais uma vez, ficou em segundo lugar do “ranking” dos municípios mais violentos com quatro assassinatos, atrás apenas da Capital.

O número de mortes, tentativas de homicídios e assaltos que também subiram assustadoramente naquela cidade refletem a elevação do tráfico de drogas e a ineficiência do aparelho policial.

Parte desta ineficiência é provocada pela falta de estrutura, como equipamentos, delegacias funcionando e acima de tudo a falta de pessoal. Na maioria das delegacias do Estado o número de policiais é insuficiente o que culmina com a sobrecarga e o estresse, não só dos agentes e escrivãos, mas também de delegados e policiais militares.

NÚMEROS – A pesquisa mostra que mais uma vez os crimes praticados com armas de fogo foram a maioria com um total de 25 casos. Outras 11 pessoas foram mortas com armas brancas, como facas e punhais e os cinco casos restantes foram praticados com outros instrumentos, geralmente paus ou pedras.

Dentre as ocupações das vítimas, a maioria dos números é de estudante seguido por ex-detentos ou detentos. O caso dos ex-detentos, por sinal, é uma prova de que os programas de ressocialização dos presos não funcionam porque eles voltam ao submundo do crime e terminam mortos, na maioria dos casos em brigas de gangues pela disputa dos pontos de drogas ou mesmo por rixas criadas entre as quadrilhas dentro e fora dos presídios.

Com relação às zonas da Capital, a Sul foi a mais violenta durante o mês de fevereiro com 10 assassinatos. Norte e Leste registraram seis casos cada uma delas e a zona Sudeste teve um crime a menos do que as duas, ficando com cinco casos.

Fonte: Da redação

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