Festival do Pequi reúne 3.500 pessoas em Piripiri

Estima-se que foram arrecadados aproximadamente R$ 70 mil com a venda de derivados do fruto.


Festival do Pequi

Festival do Pequi Foto: CCOM

A Associação das Agricultoras Familiares do Assentamento das Mulheres Organizadas realizou, nesse domingo (17), no assentamento em Piripiri, o 9º Festival do Pequi. Segundo a coordenação, o evento cultural tem como objetivo principal a valorização do fruto nativo.

A programação contou com atividades lúdicas, homenagem às mulheres em alusão ao Dia Internacional da Mulher, eleição da rainha do pequi, com a avaliação, por um júri, do melhor prato produzido com o fruto e apresentado pelas candidatas, além de outras atividades culturais.

Aproximadamente 150 mulheres dos municípios de Piripiri, Piracuruca, Batalha, Esperantina, São João do Arraial, Luzilândia e Joaquim Pires participaram do festival, comercializando produtos derivados do pequi como doces,  bolos e salgados, assim como  diversas opções de comidas e bebidas típicas, além de peças variadas de artesanato em palha, linha e couro.

“Tudo começou com uma brincadeira, quando um grupo de mulheres da comunidade “rolavam” pequi e idealizaram o evento, hoje estamos na nona edição, promovendo intercâmbio entre mulheres de várias cidades do estado, mostrando que o projeto geração vai além da produção de comidas” destacou Edigania de Oliveira, técnica do CEEA.

Francilda Silva, da comunidade Quilombola Água dos Negros, participou pela primeira vez do festival, expondo e vendendo doces de vários sabores e o famoso doce de buriti. A produtora disse que o mais importante foi esta troca de experiência entre seu grupo, composto por cinco mulheres, e os demais, que trouxeram produtos feitos com pequi. “Incentivo todas a descobrirem dentro de si que são capazes de produzir algo e ao descobrir, fazer tudo com amor, porque certamente o resultado será uma comida gostosa e bem feita, todos vão querer comprar, este é o segredo”, disse a produtora.

A diretora do CEEA, Daluz, avalia que, além da organização, comercialização e movimentação de renda, o festival promove algo muito importante para as mulheres dos cocais, que é a elevação da autoestima, pois durante o evento, cantam, dançam, aprendem, ensinam, comercializam e, ao  final, contribuem para o sustento da família com a renda obtida.

A gerente do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Jirles Machado, que representou a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), afirmou que o principal apoio da secretaria consiste na inserção, cada vez mais ampla, de produtores nos programas e projetos que a SDR desenvolve. “Trabalhamos para ampliar esse contato e fortalecer a confiança dos produtores e das produtoras, em programas como o Compra Direta e o Progere II, para que eles tenham certeza da origem e boa qualidade dos produtos, da compra certa, do preço adequado e da distribuição desses produtos para famílias carentes. O projeto do governo é bem maior e objetiva o empoderamento pela crença em si, e a certeza de contribuir para o desenvolvimento do estado”, concluiu Jirles.

Os organizadores do festival avaliam que 3.500 pessoas circularam pelo espaço do evento durante todo o domingo e que a arrecadação com a comercialização dos produtos vendidos pela associação foi de R$ 35 mil. Estimando o valor total das vendas, contando com os restaurantes montados nas casas da comunidade, caucula-se aproximadamente R$ 70 mil arrecadados.

Fonte: CCOM

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