Saúde

Febre amarela deixou de vir em surtos e veio para ficar, avalia governo

Historicamente, o vírus ressurgia com mais força em picos com um intervalo de cinco a oito anos entre um e outro

Segunda - 05/03/2018 às 17:03



Foto: Reprodução Foto
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A febre amarela deixou de ser uma doença que aparece em surtos periódicos e veio para ficar, avalia o coordenador de doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.

Historicamente, o vírus ressurgia com mais força em picos com um intervalo de cinco a oito anos entre um e outro.

Os pacientes eram infectados principalmente, nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.

Desde o ano 2000, porém, a doença avança em direção ao litoral, até ser detectada, em 2017, em áreas de mata da capital paulista.

Além da distribuição geográfica, outra novidade atual é a ocorrência contínua de casos, com morte de animais pela doença desde 2016, e inclusive no inverno, o que não era usual.

Esse fator levou o coordenador de Doenças da secretaria estadual paulista a avaliar que a doença veio para ficar. Segundo ele, provavelmente os picos continuarão a ser no verão, mas haverá registros em outras épocas do ano.

Diante do atual cenário, o Estado decidiu vacinar toda a população. Segundo o secretário David Uip, o prazo ainda será definido.

Após avançar pelo norte da região metropolitana, a doença já chegou ao litoral paulista, com um caso humano em Itanhaém, e ao Vale do Ribeira, com um macaco infectado no município de Pedro de Toledo.

Para isso, porém, será preciso driblar a procura abaixo da esperada pela imunização. De acordo com boletim divulgado na última sexta-feira (2) pela secretaria, a atual campanha, que já foi prorrogada, vacinou 50,3% do público-alvo.

Na cidade de São Paulo, que está na segunda fase da campanha de vacinação, dividida por regiões, o índice está em 62%.

A expectativa é que a quarta e última etapa da atual mobilização seja concluída em maio, e, a partir de junho, a estratégia deve mudar. Serão pequenos lotes de vacina em todas as unidades de saúde, e não um quantitativo maior concentrado em determinadas regiões, mediante distribuição de senhas.

Fonte: Folhapress

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