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FBI reabre investigação sobre servidor privado de e-mail usado por Hillary

O FBI teve conhecimento da existência de mensagens de e-mail que parecem ser pertinentes para a investigação

Sexta - 28/10/2016 às 19:10



Foto: Reprodução Polícia Federal (PF) e agentes do FBI investigama em Pernambuco a remessa de lixo hospitalar dos EUA para o Brasil
Polícia Federal (PF) e agentes do FBI investigama em Pernambuco a remessa de lixo hospitalar dos EUA para o Brasil

O FBI reabriu nesta sexta-feira (28) a investigação sobre o servidor de e-mail privado utilizado pela candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, enquanto era secretária de Estado entre os anos de 2009 e 2013, informou o diretor do órgão, James Comey.

"O FBI teve conhecimento da existência de mensagens de e-mail que parecem ser pertinentes para a investigação", indicou Comey em carta dirigida aos presidentes de vários comitês do Congresso dos EUA.

"Estou de acordo que o FBI deve tomar medidas de investigação apropriadas para permitir que os investigadores revisem essas mensagens de e-mail para determinar se elas contêm ou não informações sigilosas, assim como para avaliar sua importância dentro do caso", completou o diretor do órgão.

Comey, que indicou ter sido informado sobre a reabertura ontem, disse que o FBI ainda não foi capaz de determinar se esse novo material é "significativo" para a investigação. Ele também não deu prazos para que o trabalho de verificação esteja concluído.

A reabertura do caso ocorre na reta final da campanha para as eleições presidenciais do dia 8 de novembro, na qual a ex-primeira-dama enfrenta o empresário republicano Donald Trump.

Em julho, Hillary foi interrogada por mais de três horas no quartel-general do FBI sobre o uso do servidor privado. Dias mais tarde, o Departamento de Justiça decidiu encerrar o caso por recomendação do próprio FBI, que não encontrou acusações contra ela.

No entanto, na época, Comey chegou a afirmar que a ex-secretária de Estado tinha atuado de maneira "explicitamente descuidada" ao administrar informações sigilosas enquanto ocupou o cargo.

A polêmica dos e-mails começou no início de 2015, quando a imprensa do país revelou que, durante seus quatro anos no Departamento de Estado, Hillary usou uma conta pessoal de e-mail, hospedada em um servidor particular, para se comunicar.

A ex-primeira-dama reconheceu, então, que "teria sido mais inteligente" usar uma conta oficial do governo e entregou 55 mil páginas de e-mail do período ao Departamento de Estado, mas o caso gerou dúvidas em relação ao tratamento da informação secreta.

O Departamento de Estado identificou que 2.100 e-mails do servidor de Hillary tinha informação confidencial, mas muito dessas informações não eram consideradas como sigilosas no momento do envio, sendo posteriormente categorizadas desta forma pela revisão.

O caso dos e-mails provocou uma série de críticas por parte dos republicanos no Congresso. Hillary voltou a ser alvo de questionamentos em relação ao ataque contra o consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, em 2012, que terminou com a morte do embaixador no país, Chris Stevens, e outros três funcionários do governo.

Fonte: UOL

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