Brasil

Faturamento do setor atacadista oscila e tem leve recuperação em setem

setor atacadista leve aumento setembro registra

Terça - 10/11/2015 às 20:11



No acumulado do ano, de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2014, pesquisa da ABAD aponta queda de 1,83%. Com um cenário econômico imprevisível, a expectativa de desempenho para o ano de 2015 é de estabilidade.

A base de comparação mais fraca, observada a partir do segundo semestre de 2014, impulsionou o faturamento do segmento atacadista distribuidor em setembro, mantendo o ritmo de oscilação ao longo do ano. Houve crescimento de 0,44% na comparação com setembro de 2014, segundo dados nominais da pesquisa mensal da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), apurada pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Na comparação com o mês de agosto, o crescimento foi de 4,35%. No acumulado do ano até setembro, ante o mesmo período do ano anterior, o faturamento apresentou retração de 1,83%.

“Os dados nominais refletem com mais propriedade o desempenho do setor atacadista distribuidor, que vem oscilando ao longo do ano. Ocorre que, pela dinâmica do negócio, com poucos reajustes de preços da indústria em períodos pré-determinados ao longo do ano, os repasses de eventuais aumentos para os preços dos produtos não são feitos de forma imediata. Os dados deflacionados levam em consideração uma variação de preço mensal, o que não é uma realidade para o atacadista”, esclarece José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD.

Em termos deflacionados, o faturamento mantém o ritmo de queda tanto na comparação anual quanto no acumulado do ano. Em setembro, houve recuo de -8,27% em relação ao mesmo mês de 2014 e de 9,59% ante janeiro a setembro de 2014. Na comparação mês a mês, entre agosto e setembro, o faturamento cresceu 3,79%.

“A situação da economia continua delicada e instável. Os números do setor refletem as incertezas provocadas pela recessão que atravessa o país. Vivemos um período de baixíssima confiança do consumidor, uma das mais severas de todos os tempos. Estamos tendo que nos reinventar e buscar soluções criativas, contando com o apoio de toda a cadeia de abastecimento, para driblar a crise”, afirma José do Egito.

A proximidade das festas de fim de ano traz, segundo o presidente da ABAD, uma expectativa de reação numérica e pontual. “Apesar de o varejo estar adiando ao máximo os pedidos e evitando a contratação de temporários, o Natal é um período de aumento natural do consumo. Esperamos alguma melhora nesse cenário bastante nebuloso.”

O setor atacadista prevê, com os resultados de fim de ano, um desempenho estável em 2015. “Diante do atual cenário, será uma vitória empatar com o ano anterior”, conclui o presidente da ABAD.

Sobre o Banco de Dados da ABAD

Desde 1995, a ABAD, em parceria com a FIA (Fundação Instituto de Administração), elabora mensalmente o Banco de Dados do segmento. Trata-se de uma iniciativa que tem por objetivo coletar dados de um grupo representativo de empresas atacadistas e distribuidoras para a obtenção de informações relevantes de crescimento e desempenho, fundamentais para a tomada de decisões pelos gestores. Atualmente, as empresas que participam desse levantamento representam 14% do faturamento do setor.

Sobre a ABAD

A ABAD - Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados, criada em 1981, representa nacionalmente o segmento e reúne mais de três mil empresas de todo o Brasil que comercializam produtos alimentícios industrializados, candies, bebidas, produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica, produtos farmacêuticos e de perfumaria, papelaria e material de construção, entre outros.

Fonte: agencias

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