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Família pede ajuda para custear tratamento de bebê com doença cardíaca em Teresina

A cirurgia para correção da Tetralogia de Fallot não é realizada em Teresina

Sábado - 17/06/2017 às 13:06



Foto: Arquivo Pessoal José Pedro
José Pedro

O pequeno José Pedro, de dois meses de vida, foi diagnosticado um dia após o nascimento, em Teresina, com uma doença chamada Tetralogia de Fallot, um tipo de cardiopatia caracterizada por quatro alterações no coração e que pode levar à morte se não for tratada. A doença é tratada com cirurgia que não é realizada em Teresina, por isso a família resolveu arrecadar dinheiro para ajudar no tratamento de José em São Paulo.

“José Pedro necessita da cirurgia que inclui uma prótese de valva pulmonar, pois ele não a desenvolveu (agenesia da valva pulmonar). A princípio ele iria operar de emergência, mas os dias foram passando e ele foi reagindo bem ao medicamento, ficando menos cianótico (roxo)”, explica Persula Santos, mãe do bebê.

De acordo com Persula, a família buscou auxilio do plano de saúde, que informou que não poderia fazer nada para tratar José Pedro e que eles [pais] deveriam procurar o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O bebê passou cinco dias internado, em observação, teve alta e é acompanhado quinzenalmente, pelo cardiologista, mas sempre na observação de qualquer alteração como falta de ar, cianose, saturação, entre outros sintomas.

“Ele continua respondendo bem ao medicamento, sem crises, isso é bom, pois é o tempo que ele precisa para melhor anatomia para realizar a cirurgia, que deve ser feita até os seis meses para evitar complicações. O valor da cirurgia é impagável, um valor subestimado de 300 mil (estimado) fora a UTI”, diz Persula.

Existe uma fila do SUS chamada de Tratamento Fora de Domicilio (TFD) em que José Pedro deve ser cadastrado pelo cardiologista em sua próxima consulta. Segundo o médico, por tratar de um cadastro nacional, pode ser que demore até José receber este tratamento.

O principal tipo de tratamento para a tetralogia de Fallot é o procedimento cirúrgico em que é feito a correção das alterações cardíacas, melhorando a circulação do sangue, aliviando todos os sintomas. Esta cirurgia geralmente é feita até os seis meses de vida.

“Para realizar a cirurgia precisamos ir para outro estado, provavelmente São Paulo, que é um dos estados referencia em cirurgia cardíaca infantil, mas para poder viajar e buscar o tratamento cirúrgico do nosso pequeno os custos são altos e não temos condições financeiras”, ressalta a mãe.

Para ajudar no tratamento do pequeno José, a família criou uma vaquinha online com o objetivo de arrecadar dinheiro para custear o tratamento, tais como pagamento do plano de saúde, medicamentos e a viagem para outro estado que ainda não está definida, pois somente na próxima consulta a família terá conhecimento dos resultados dos exames e documentação exigida para os procedimentos necessários.

“ Queremos a oportunidade de lutar pela vida do nosso filho José Pedro, poder ver ele crescer, brincar, ir para escola, ter uma VIDA, por isso pedimos que ajudem o José Pedro nosso coração valente”, conclui Persula Santos.

Para ajudar basta acessar a vaquinha online ou se preferir, depositar qualquer valor na seguinte conta bancária:

Conta corrente - Banco do Brasil

Agência: 0044-2

Conta: 52393-3

Everton C F Quintanilha

Cirurgia de cardiopatia congênita

Piauí tem 21 crianças na fila de espera para realizar a cirurgia em outro Estado

O Piauí ainda não realiza cirurgias de cardiopatia congênita. São poucos os estados que realizam este tipo de procedimento, desta forma a maioria dos bebês  diagnosticadas com a doença são encaminhados  para Pernambuco, São Paulo, Brasília e Rio Grande do Sul.

Recentemente o problema foi discutido no Piauí. De acordo com o secretário de Saúde do Piauí, Florentino Neto, de janeiro a maio de 2017, as 21 crianças com diagnóstico de cardiopatia congênita deram entrada no CNRAC (Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade). Dessas, 13 já estão com agendamento feito, sendo que somente em junho, quatro crianças serão atendidas: duas já viajaram para São Paulo e mais duas deverão viajar até o final do mês.

 Florentino Neto apresentou ao Fórum da Primeira Infância proposta para estudar a viabilidade de ser realizar mutirões cirúrgicos para atender a crianças portadoras de cardiopatia congênita. A proposta foi apresentada durante reunião no ultimo dia 6 com a juíza da Primária Vara da Infância, Maria Luiza de Moura, do conselheiro Tutelar, Djan Moreira, a superintendente de Relações Sociais, Núbia Lopes, e o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Teófilo Cavalcante.

Fonte: redação

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