Educação

Família demora no andamento de processo de assassinato em Caracol

Piauí Hoje

Sábado - 12/04/2008 às 03:04



Um idoso foi morto pelo homem com o qual vivia há pelo menos cinco anos no município de Caracol, 605 quilômetros ao sul de Teresina. O crime, ocorrido em meados de março, já foi elucidado, mas a família reclama da demora no andamento do processo. Domeciano Rodrigues da Silva, de 68 anos, foi morto a pedradas e tijoladas no dia 15 de março por quatro elementos, incluindo Alexandre da Silva Brito, de 19 anos, com quem teria relacionamento amoroso.De acordo com o delegado de Caracol, sargento Cardoso, o crime ocorreu com requintes de crueldade. No depoimento de Alexandre, ele confessou o crime, e disse que estava com amigos bebendo em um bar, quando o dinheiro acabou. Ao retornar para casa, Domeciano teria começado a agredi-los, e eles reagiram. "Ele foi morto a pedradas e tijoladas", confirmou o delegado, ressaltando que os quatro acusados ainda teriam lavado toda a casa e jogado o corpo em um morro próximo, na entrada da cidade.Alexandre morava com Domeciano há pelo menos cinco anos. Ele tem 19 anos e já havia sido preso por desacato. Domeciano o tirou da prisão. O crime, que pelo que apurou o delegado não foi premeditado, ocorreu na madrugada do dia 15, e o corpo só foi encontrado no dia seguinte. Uma pessoa teria conversado com Alexandre e visto uma mancha de sangue na parede. Depois, o acusado teria dito a um sobrinho da vítima que não viesse buscar o tio, pois o mesmo havia viajado. Até um televisor foi tirado da residência para simular um assalto.Além de Alexandre, estão presos os outros três elementos, conhecidos como Sidney, Bode e Barrão. O inquérito foi concluído no dia 25 de março e encaminhado para a Justiça, mas Caracol, na divisa do Piauí com a Bahia, não conta com promotor, e nem juiz. De acordo com o sargento Cardoso, o juiz de Floriano é que deve acompanhar o inquérito, e os acusados só deverão ser ouvidos na próxima semana.Margareth da Silva Barros, parente da vítima, espera que a partir da próxima quarta-feira o caso possa finalmente andar na Justiça. "Aqui, todos ficaram revoltados com esse crime", relatou. Para o sargento Cardoso, a família precisa ter um pouco mais de paciência. "É até compreensível essa reclamação, mas todos sabem que a Justiça tem problemas", concluiu.

Fonte: portalsrn

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