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Falhas no inquérito inocentaram Acusada de mandar matar marido

em Picos o marido é absolvida pelo juri acusada de mandar mata

Quinta - 02/06/2016 às 16:06



Após 13 horas chegou ao fim o julgamento de Antônia Consuelo Rodrigues Ramos, acusada de ser a mandante do assassinato do seu marido, Francisco Osvaldo Ramos da Silva, conhecido como “Chico Ramos”. O crime aconteceu em 31 de outubro de 2014 e o inquérito da Polícia Civil apontou a viúva como a mentora intelectual do crime.

Consuelo estava reclusa na Penitenciária Feminina de Picos há um ano e cinco meses, enquanto aguardava o júri popular – quando cidadãos diversos decidem sobre a culpabilidade ou não do acusado acerca de crimes dolosos contra a vida. Neste caso, o homicídio de Chico Ramos.
Por volta das 23h30 de anteontem (31) foi proferida a sentença em que o Conselho absolveu a ré da acusação de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Sobre a decisão dos jurados, a acusação representada pelo promotor João Malato Neto e pelo advogado Juraci Bezerra, já interpôs o recurso de apelação criminal. De acordo com Malato Neto, a decisão do júri foi contrária às provas existentes nos autos.

“Infelizmente os jurados não acataram a tese do MP de homicídio duplamente qualificado e absolveu a ré, mas o MP interpôs o recurso de apelação criminal tendo em vista que a decisão do júri foi manifestamente contrária às provas dos autos. Esperamos que o recurso seja acolhido pelo Tribunal de Justiça e que em aproximadamente um ano nós possamos realizar novamente esse julgamento aqui na Comarca de Picos”, disse o representante do Ministério Público.

Sobre a forma que foi conduzida as investigações por parte da autoridade policial na época, João Malato Neto afirmou que foi um trabalho bem realizado e que as provas eram contundentes.
“O Conselho de Sentença decide de acordo com a sua íntima convicção, e entenderam por bem absolver a ré, mas isso é uma decisão que pode ser reformada no TJ e o júri ser anulado e realizado um novo julgamento”, ressaltou.

O advogado de defesa, Maycon Luz, acompanhava o caso desde a prisão da acusada e sempre se mostrou confiante na absolvição da cliente, segundo ele, diante da inexistência de provas que a incriminassem.

Após proferir a sentença em que Consuelo foi absolvida da acusação que lhe era imposta desde a morte de seu marido, o defensor disse que a decisão foi justa. “A sociedade picoense está de parabéns por ter feito justiça hoje, neste plenário, foi reconhecido que a Antônia Consuelo é inocente”, disse.
Sobre o recurso que o representante do Ministério Público afirmou que buscará junto ao Tribunal de Justiça, Maycon relatou que já esperava, mas que está preparado para manter esta decisão.

A linha de defesa adotada pelo advogado da ré foi de negativa de autoria e durante toda a sua explanação se falou muito na falha na condução do inquérito por parte da Polícia Civil, e foi a este fato que Maycon Luz atribuiu a decisão do Conselho de sentença.

“Foi demonstrado durante minha explanação não só uma, mas várias falhas da autoridade policial na condução do inquérito e os jurados reconheceram que foi falho. Deixou a desejar. Não conseguiram identificar quem foi a pessoa que realmente matou o Chico Ramos nem quem contratou e por quanto contratou. Então foi o inquérito policial que deixou varias lacunas e por conta disso a Antônia Consuelo foi absolvida”.

Ainda na noite de terça-feira (31), Antônia Consuelo Rodrigues Ramos fo1 posta em liberdade. A Sessão do Tribunal do Júri aconteceu no Fórum Senador Helvídio Nunes de Barros e foi presidida pela juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Araújo Rodrigues.

Fonte: grandepicos

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