Foto: Montagem/MN
O corpo de Aretha Dantas (detalhe) na Av. Maranhão, em Teresina
Um ex-namorado – que a polícia mantém o nome em sigilo - é o principal suspeito da execução brutal da cabeleireira Aretha Dantas Claro, 32 anos, morta com requintes de crueldade na madrugada de terça-feira (15), na Avenida Maranhão, próximo à Ponte Engenheiro Antonio Noronha, que liga Teresina a Timon (MA) pela rodovia BR-316.
Aretha teria convivido por um ano com o agora suspeito de feminicídio. O ex estaria com passagem comprada para viajar no próximo dia 20 de maio para Portugal, segundo a família de Aretha. O atual namorado da vítima contou para a família que Aretha revelou todas as agressões que sofreu durante o tempo em que esteve com o ex e que também era ameaçado pelo mesmo.
O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o “Baretta”, explicou que as investigações sobre a morte de Aretha Dantas estão bem adiantadas. A delegada Luana Alves, coordenadora do Núcleo de Feminicídio da Polícia Civil do Piauí, está à frente do inquérito.
O Instituto de Medicina Legal fez a necropsia no corpo de Aretha e deve divulgar o laudo oficial sobre a morte da jovem em dez dias. Já se sabe que a vítima sofreu de 20 a 30 perfurações de faca antes de ser atropelada e arrastada por mais de 20 metros pelo carro do assassino, que fugiu tomando o sentido Centro/Sul da capital.
As inúmeras perfurações no corpo e o atropelamento depois dos golpes, além do local onde o crime aconteceu, que é frequentado por garotas de programa, reforçam a tese de feminicídio.
O suspeito
A família de Aretha já foi ouvida. Segundo uma tia, a sobrinha saiu de casa na noite de segunda-feira (14), para fazer um lanche no Restaurante Diuturno, na Avenida Henry Wall de Carvalho, na entrada do bairro Saci. Foi a última vez que Aretha foi vista com vida pelos familiares, que souberam da morte pela televisão.
O irmão de Aretha [identidade preservada] revelou que a última visualização no WhatsApp do celular dela foi 2h05 da madrugada de terça-feira, ou seja, Aretha estava viva duas horas antes do corpo ser achado na Avenida Maranhão. A última vez que o ex de Aretha visualizou o WhatsApp foi 3h15 da terça.
"A gente viu na TV, mas não sabia que era ela. Depois foi que sentiram falta dela e foram procurar. Pelas tatuagens que ela tem foi que um irmão viu e achou que era ela", lembrou a tia de Aretha, que acredita em crime passional. Em fevereiro deste ano, lembra, Aretha decidiu acabar com o relacionamento de 4 meses por causa do ciúme e das agressões do namorado.
Fonte: DHPP
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