Ex-ministro preso acusado de cobrar propina

O ex-ministro Paulo Bernardo (PT) foi preso nesta quinta-feira (23), em Brasília, pela força-tarefa


Ex-ministro Paulo Bernardo e a esposa, senadora Gleisi Hoffman

Ex-ministro Paulo Bernardo e a esposa, senadora Gleisi Hoffman Foto: Valter Campanato/Agência Brasil; Jefferson Rudy/Agência Senado)

O ex-ministro Paulo Bernardo (PT) foi preso nesta quinta-feira (23), em Brasília, pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ele havia sido indiciado juntamente com a esposa em março em inquérito que apura suspeitas de desvio dinheiro da Petrobras para a campanha da petista ao Senado em 2010. Policiais também cumprem mandado de busca e apreensão na residência do casal em Curitiba.

A prisão do ex-deputado e ex-ministro das Comunicações e do Planejamento no governo Lula é desdobramento da 18ª fase da Lava Jato, batizada de “Custo Brasil”. São cumpridos, ao todo, 65 mandados judiciais em São Paulo, no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Distrito Federal. Policiais federais também estão na sede do PT em São Paulo.

Os investigadores entendem que há fortes indícios de que a campanha de Gleisi recebeu R$ 1 milhão em propina. Antonio Carlos Pieruccini, um dos novos delatores da Lava Jato, disse que transportou o dinheiro, em espécie, de São Paulo para Curitiba em quatro viagens e que entregou a quantia ao empresário Ernesto Kugler, apontado como pessoa próxima do casal. A PF identificou 25 ligações telefônicas entre Kugler e o então tesoureiro da campanha da petista.

A defesa do ex-ministro disse à TV Globo que desconhece as razões da prisão e que Paulo Bernardo sempre se colocou à disposição das autoridades.

Relatório da Polícia Federal, ao qual a TV Globo teve acesso, indica que o pedido de dinheiro para a campanha de Gleisi foi feito por Paulo Bernardo, quando era ministro do Planejamento de Lula, ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Para os investigadores, não há dúvida de que o petista sabia do esquema de corrupção na estatal.

Fonte: Congresso em foco

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