Esportes

Ex-ginasta diz que médico Larry Nassar a assediou mais de 40 vezes

Alyssa Baumann entrou com ação em agosto; ela fez denúncia sobre conduta do profissional, mas foi ignorada pela federação de seu país

Sábado - 17/11/2018 às 13:11



Foto: YouTube Alyssa Baumann
Alyssa Baumann

Mais uma ex-ginasta da seleção norte-americana veio à tona para denunciar o médico Larry Nassar, acusado de abusos por centenas de atletas e ex-atletas da modalidade. Alyssa Baumann, de 20 anos, afirmou ao jornal "Indy Star", de Indianapolis, que foi assediada por ele. Ela defendeu a seleção de seu país de 2013 a 2016, e chegou a ser campeã mundial por equipe em 2014.

Alyssa entrou com uma ação em agosto em uma corte no estado de Illinois contra o médico. Ela registrou no processo que foi abusada por Nassar em mais de 40 ocasiões entre 2013 e 2015 e quer reparações da federação norte-americana de ginástica (USA Gymnastics) e da Federação Internacional de Ginástica (FIG).

- O pior aconteceu no Campeonato Mundial [na China, em 2014], porque foi uma coisa que durou por um mês - comentou a ex-atleta, hoje estudante na Universidade de Flórida, para em seguida emendar.

- Inúmeras vezes fomos deixadas sozinhas na sala com Nassar. Eu acho que isso [o abuso sexual] ocorreu todos os dias quando estive lá porque estávamos cansadas por treinar todos os dias. Eles nos diziam "vocês têm que ir a tratamento todos os dias".

Em seguida, ainda de acordo com Alyssa, o médico ministrava-lhe "relaxantes musculares" para facilitar o trabalho, mas ela interpreta o fato como um mascaramento para o abuso.

Alyssa revelou que fez denúncia à USA Gymnastic em 2015, mas só foi procurada 30 meses depois pela entidade. Além dela, outras quase 500 ginastas e ex-ginastas - entre elas inúmeras medalhistas em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos - movem ações contra a USA Gymnastics e até mesmo o Comitê Olímpico dos EUA (Usoc) por negligência.

Em janeiro, Nassar foi condenado a até 175 anos de prisão por abusos sexuais cometidos. O caso gerou uma revolução nas regras de proteção a atletas. Até mesmo dirigentes foram presos por não adotarem medidas mais rígidas, como o ex-CEO da federação norte-americana Steve Penny.

Fonte: globoesporte.com

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